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Economia

- Publicada em 25 de Setembro de 2016 às 22:10

Susana Kakuta quer maior autonomia ao Badesul

Instituição enfrenta seu momento de maior fragilidade, afirma Susana

Instituição enfrenta seu momento de maior fragilidade, afirma Susana


KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI/JC
Marina Schmidt
Confiante de que irá reverter a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que na semana passada desabilitou o Badesul a acessar novas operações de financiamento, a presidente do banco de fomento gaúcho, Susana Kakuta, irá sustentar, nesta semana, a tese de que a instituição tem condições para se tornar menos dependente do Bndes. Nesta quarta-feira, a dirigente participa, no Rio de Janeiro, de reunião para tratar da questão, junto com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, e o diretor da Área de Crédito e da Área Financeira e Internacional do Bndes, Claudio Coutinho Mendes.
Confiante de que irá reverter a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), que na semana passada desabilitou o Badesul a acessar novas operações de financiamento, a presidente do banco de fomento gaúcho, Susana Kakuta, irá sustentar, nesta semana, a tese de que a instituição tem condições para se tornar menos dependente do Bndes. Nesta quarta-feira, a dirigente participa, no Rio de Janeiro, de reunião para tratar da questão, junto com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, e o diretor da Área de Crédito e da Área Financeira e Internacional do Bndes, Claudio Coutinho Mendes.
Contabilmente operando em prejuízo desde 2015, situação que irá se repetir neste ano, o Badesul enfrenta o momento de maior fragilidade institucional de sua história, descreve Susana. Prevendo que 2017 ainda será um ano difícil, a presidente lembra que a situação vem se agravando, sobretudo, devido a dois cenários. O primeiro é o histórico das operações do banco de fomento, pautadas por uma política de expansão de financiamentos praticada nas últimas gestões. Essa prática resultou em grandes aportes, que levaram o Badesul a ampliar em mais de duas vezes o seu tamanho. Esses recursos, que estavam concentrados entre poucas empresas, eram concedidos a um baixo spred, o que reduziu a rentabilidade da instituição ao longo do tempo.
Susana descreve, ainda, um segundo cenário que tem interferido na gestão do banco: a queda do ritmo econômico. Como consequência, parte dos projetos financiados não deram o resultado esperado, enquanto outros passaram a atrasar pagamentos. Ainda assim, a presidente avalia que a taxa de inadimplência de 90 dias não está fora do padrão do mercado bancário, ficando em 6%. Porém, a recessão tem refletido também nos pedidos de recuperação judicial. No Badesul, nos últimos dois anos, 25 devedores alegaram, judicialmente, depender da recuperação judicial para contornar dificuldades financeiras. Assim que deferidas, essas requisições fazem com que o banco automaticamente tenha que lançar os passivos como prejuízo, montante que já atinge R$ 355 milhões em relação às recuperações judiciais.
"Isso contou de forma significativa na avaliação do Bndes", afirma. Além de todos esses pontos, pesou, ainda, a alta dependência do Badesul junto ao Bndes, que responde por 95% dos recursos financiados pelo banco de fomento gaúcho. Para tentar rever a decisão, Susana argumentará que já vem adotando medidas para melhorar a gestão da instituição, como redução de despesas operacionais, programa de demissão voluntária e reestruturação organizacional.
A busca para recomposição de ativos também é outro aspecto que será explorado. "Só no último ano renegociamos mais de R$ 250 milhões, mas é um momento muito ruim para isso, por conta da recessão." No entanto, Susana está confiante. "Temos um relacionamento ótimo com o Bndes, desde 1975", detalha. "O Badesul é adimplente financeira e tecnicamente", aponta.
Nesse processo de aumento da autonomia, o Badesul pode prestar serviço de inteligência não só para o Estado, mas também para os municípios. Susana reforça que outra frente de atuação é a administração dos diversos fundos que existem no Rio Grande do Sul.
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