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Energia

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 17:45

Consumidor livre economizou R$ 43 bilhões nos últimos 13 anos, diz Abraceel

Adesões ao ambiente livre tiveram um aumento de 350%

Adesões ao ambiente livre tiveram um aumento de 350%


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O mercado livre de energia tem apresentado expressivo crescimento desde o segundo semestre de 2015. Em 2016, o mercado continua aquecido sendo marcado por uma intensa migração de consumidores para o ambiente livre de contratação. Dados apresentados pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - indicam um crescimento de mais de 350% em adesões ao ambiente livre. Isso porque as altas tarifas praticadas no mercado cativo evidenciaram os benefícios que o ACL oferece ao consumidor como previsibilidade de custos com a contratação de energia a longo prazo e facilidade de negociação de preços.
O mercado livre de energia tem apresentado expressivo crescimento desde o segundo semestre de 2015. Em 2016, o mercado continua aquecido sendo marcado por uma intensa migração de consumidores para o ambiente livre de contratação. Dados apresentados pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - indicam um crescimento de mais de 350% em adesões ao ambiente livre. Isso porque as altas tarifas praticadas no mercado cativo evidenciaram os benefícios que o ACL oferece ao consumidor como previsibilidade de custos com a contratação de energia a longo prazo e facilidade de negociação de preços.
Se comparado ao consumidor cativo, de acordo com a Abraceel, nos últimos 13 anos o consumidor livre de energia já economizou cerca de R$ 43 bilhões, o que representa uma economia média de 18%. De acordo com a Tradener, uma das maiores comercializadoras independentes de energia elétrica e gás natural do País, o mercado livre pode oferecer até 30% de redução nos gastos com energia elétrica, dependendo do momento da contratação.
"Não estar no mercado livre representa estar perdendo espaço para concorrentes. Migração para o ambiente livre representa sobrevivência no presente e passado para otimização no futuro", afirma Walfrido Avila, presidente da Tradener.
De acordo com o executivo, entre os benefícios deste mercado ao consumidor estão a capacidade de administrar despesas com energia, redução significativa nas despesas e facilidade de negociação de preços. Além disso, o consumidor não é impactado por uma possível explosão tarifária cativa que eleve seus custos com energia, já que a contratação no ambiente livre é a longo prazo.
Apesar de os preços praticados no ambiente livre estarem em curva de subida, ainda é um bom momento para o consumidor migrar. "Observamos que o preço continua subindo no mercado livre, em função da expectativa de preços maiores no mercado de curto prazo pelo retorno no aumento de carga e redução da hidraulicidade no sistema interligado. Mas, ainda sim, o consumidor que está migrando agora continua com ganhos significativos", finaliza Avila.

Aneel nega pedido de Jirau para suspender pagamentos à CCEE por inadimplência

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou uma medida cautelar pedida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) - que controla a Usina de Jirau - sobre a inadimplência de distribuidoras de eletricidade que não têm honrado seus compromissos com a hidrelétrica.
A companhia pediu a suspensão da obrigatoriedade de fazer aportes financeiros junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no volume da inadimplência das distribuidoras com a usina. A Usina de Jirau precisa depositar no dia 22 de setembro as garantias de R$ 60 milhões para a próxima liquidação de curto prazo do setor elétrico, marcada para o dia 10 de outubro.
A ESBR alega ter uma inadimplência de R$ 36,2 milhões até julho da parte das distribuidoras, sendo quatro do Grupo Eletrobras - Acre (Eletroacre), Amazonas (AME), Alagoas (Ceal) e Piauí (Cepisa) -, além da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Jirau também apresenta outras dificuldades, como
R$ 19,7 milhões de juros indevidos, referentes ao pagamento do risco hidrológico de geração (GSF). Ao todo, o impacto no caixa da companhia seria de cerca de R$ 150 milhões.
Já o diretor da Aneel, relator do pedido, Reive Barros, considerou que a solução para inadimplência das distribuidoras da Eletrobras já está encaminhada, e destacou que a questão deve ser resolvida nas próximas semanas. Além disso, para o diretor, o pedido da ESBR acarretaria risco a todos os demais agentes do mercado de liquidação de energia elétrica.
"Apesar do pedido de Jirau parecer viável, é grande o risco de contaminação do restante do mercado de curto prazo de eletricidade no País", afirmou Barros, que também considerou inoportuno o adiamento da data da próxima liquidação. "Não estão presentes os requisitos para concessão da medida cautelar", completou.