Dólar fica sem direção definida no exterior após dados decepcionantes dos EUA

O dólar não apresentou direção definida diante de seus rivais nesta quinta-feira (15), em um dia em que diversos indicadores da economia dos Estados Unidos frustraram as expectativas do mercado.

Nesta manhã, o Departamento do Comércio dos EUA disse que as vendas no varejo do país caíram 0,3% em agosto ante julho, abaixo da expectativa de analistas de queda de 0,1%. A produção industrial do mesmo mês também ficou aquém da estimativa do mercado de queda de 0,2% ante julho, e recuou 0,4% no período. Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) ficou estável em agosto na comparação com o mês anterior, em um sinal de que a pressão inflacionária continua fraca.

Os dados desencadearam o recuo das apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) possa elevar os custos de empréstimos no país ainda este ano.

Os futuros dos Fed-funds, usados pelos investidores para fazerem suas apostas sobre a política monetária da banco central, mostrou que os participantes do mercado assinaram uma probabilidade de 46% de um aumento dos juros em dezembro, uma recuo na comparação com os 53% registrados ontem, segundo o CME Group.

Expectativas de juros mais baixos tendem a pesar sobre o dólar, uma vez que a divisa fica menos atrativa para investidores em busca de rendimentos.

Apesar de o dólar ter sentido os efeitos dos dados de forma negativa, a moeda americana não teve direção definida ante os rivais, caindo para 102,19 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1244.