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Economia

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 16:32

Eletrobras diz que foi 'surpreendida' por embargo e multa do Ibama à usina de Candiota

Ibama paralisou o complexo termelétrico e aplicou multa de R$ 75 milhões por infrações ao ambiente

Ibama paralisou o complexo termelétrico e aplicou multa de R$ 75 milhões por infrações ao ambiente


CGTEE/DIVULGAÇÃO/JC
Estadão Conteúdo
A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras CGTEE) declarou nesta quarta-feira (14) que foi surpreendida pela decisão do Ibama, que determinou a paralisação imediata de seu complexo termelétrico em Candiota, no Rio Grande do Sul, e multou a empresa em mais de R$ 75 milhões, devido a diversas infrações ao meio ambiente.
A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras CGTEE) declarou nesta quarta-feira (14) que foi surpreendida pela decisão do Ibama, que determinou a paralisação imediata de seu complexo termelétrico em Candiota, no Rio Grande do Sul, e multou a empresa em mais de R$ 75 milhões, devido a diversas infrações ao meio ambiente.
Por meio de nota, a estatal informou que "todas as determinações emanadas pelos órgãos ambientais vêm sendo rigorosamente atendidas pela Eletrobras CGTEE, nos prazos negociados com o Ibama". "A Eletrobras CGTEE foi surpreendida pelo embargo aplicado pelo Ibama, que determinou a paralisação da operação de geração de energia no Complexo Termelétrico de Candiota", informou a companhia.
Os motivos apresentados pelo Ibama para determinar o embargo, segundo a empresa, já vêm sendo atendidos pela Eletrobras CGTEE desde janeiro, com conhecimento e acompanhamento do Ibama, "o que justifica nossa surpresa, especialmente com a extrema penalidade aplicada".
"A direção da Eletrobras CGTEE está adotando todas as providências necessárias para a suspensão do embargo e o retorno imediato do complexo termelétrico de Candiota à operação normal, visando a restabelecer o fornecimento de energia de forma confiável à população do Rio Grande do Sul", declarou a companhia.
Questionado sobre o assunto, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu mais cedo que a usina térmica terá que passar por uma atualização de seu maquinário, para atender a exigências ambientais.
Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quarta-feira, o Ibama determinou a paralisação imediata das atividades do complexo de usinas térmicas a carvão da Eletrobras em operação em Candiota, e multou a estatal em mais de R$ 75 milhões. A decisão foi tomada depois de auditoria feita pelo órgão ambiental, que identificou violações nos limites máximos de lançamentos de óleos e graxas que poderiam ser feitos pela planta da usina.
Além do lançamento de materiais tóxicos no meio ambiente acima do limite estabelecido, o Ibama registrou índices de emissões atmosféricas fora dos padrões estabelecidos e falta de apresentação de relatórios de monitoramento obrigatórios. Na avaliação do órgão de fiscalização ambiental, a empresa descumpriu uma série de obrigações que tinha assumido em recente termo de ajustamento de conduta.
"Tem uma necessidade de interromper de fato, por um tempo, para fazer um 'retrofit' (atualização) na planta. Teria que sair do ar por um tempo", comentou o ministro Fernando Filho. "A Eletrobras deve ter que acelerar uma solução. Queremos estar respeitando as normas legais e ambientais. Queremos um tempo para poder nos adequar."
A ordem de embargo dada pelo Ibama atinge o maior projeto de geração a carvão da Eletrobras CGTEE, a usina termelétrica Presidente Médici (Candiota II). Ao todo, a usina recebeu quatro multas do órgão ambiental. Com capacidade de 446 megawatts (MW), é a segunda maior usina movida a carvão do País, só inferior à térmica Porto do Pecém I (antiga MPX), que tem capacidade de 720 MW.
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