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Indústria

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 22:56

Comil Ônibus demite 850 funcionários em Erechim

Companhia vai operar em meio turno a partir desta sexta-feira

Companhia vai operar em meio turno a partir desta sexta-feira


SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE ERECHIM/DIVULGAÇÃO/JC
No que a empresa está chamando de processo de adequação de estrutura de modo a ajustar suas atividades à nova realidade do mercado, a Comil Ônibus demitiu, nesta quinta-feira, aproximadamente 850 funcionários da sua planta em Erechim. Em comunicado, a companhia diz que, a partir desta sexta-feira, será retomada a produção de ônibus em meio turno, com o retorno dos funcionários em jornada de trabalho reduzida, das 7h20min às 12h35min, com 15 minutos de intervalo.
No que a empresa está chamando de processo de adequação de estrutura de modo a ajustar suas atividades à nova realidade do mercado, a Comil Ônibus demitiu, nesta quinta-feira, aproximadamente 850 funcionários da sua planta em Erechim. Em comunicado, a companhia diz que, a partir desta sexta-feira, será retomada a produção de ônibus em meio turno, com o retorno dos funcionários em jornada de trabalho reduzida, das 7h20min às 12h35min, com 15 minutos de intervalo.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim, Fábio Adamczuk, comenta que o número de desligamentos não foi uma surpresa, mas sim o fato da Comil não ter feito uma negociação prévia ou estabelecido um programa de demissão voluntária. "Quando os funcionários entraram na fábrica, foram para os seus setores e divididos em dois grupos, os que permanecerão e os que foram demitidos", detalha o dirigente.
As demissões ocorreram pela manhã, quando os empregados do turno do dia voltaram ao trabalho depois de uma licença remunerada de três dias. Antes da entrada para o serviço, na rua, em frente à fábrica, os dirigentes do sindicato informaram sobre a proposta que havia sido encaminhada pela empresa: pagamento das rescisões em 24 vezes, com parcelas de, no mínimo, um salário-mínimo por mês.
Adamczuk destaca que os desligamentos terão uma repercussão enorme na região, com impactos também no comércio e nos fornecedores e prestadores de serviços da Comil. O dirigente adianta que o assunto será debatido ainda com o Ministério Público do Trabalho, e o sindicato convocou uma assembleia para segunda-feira para discutir a situação com os demitidos. De acordo com Adamczuk, restaram trabalhando na unidade cerca de 950 pessoas.
Em nota, a Comil enfatiza que a medida tomada "é resultado da grave crise que o Brasil está enfrentando, com grande impacto no mercado de ônibus, que teve uma queda de mais de 60% nos últimos três anos". Além disso, o grupo ressalta que "lamenta se somar a outras empresas que, diante deste cenário, também realizaram demissões, mas como não há condições de se manter o atual efetivo de pessoal, oficializou a reestruturação. Já na próxima semana, a empresa iniciará um trabalho de suporte na recolocação para todos aqueles que desejarem".
O Sindicato dos Metalúrgicos questiona a alegação da Comil de que as demissões foram provocadas somente pela crise econômica. A entidade cita dados que mostram que a Marcopolo, grupo do mesmo setor, apresentou um crescimento de 16% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Empresa investe R$ 41 milhões na produção de implementos agrícolas

A empresa São José Industrial projeta investir R$ 41 milhões na ampliação de sua unidade industrial para a produção de máquinas e implementos agrícolas em São José do Inhacorá, município localizado no Noroeste do Estado. O projeto foi avaliado na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), durante apresentação na Sala do Investidor, quando foi detalhado que o investimento contempla a execução de obras civis, aquisição de máquinas e equipamentos e em projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Atualmente, a empresa ocupa uma área construída de 4.380 m2 onde são fabricados arados subsoladores, carretas agrícolas, conchas carregadeiras, perfuradores de solo e roçadeiras, entre outros. A nova fábrica fica localizada na BR-472, entre Três de Maio e Boa Vista do Buricá, e contará com um pavilhão industrial de 16.908 m2, além de cinco edifícios anexos, totalizando uma área total de 22.533 m2 construídos no município de São José do Inhacorá, que integra o Corede Fronteira Noroeste.
Na reunião, coordenada pela Sala do Investidor da Sdect, o diretor da empresa, Geraldo Recktenwald, afirmou que a empresa já possui licença ambiental para a instalação da nova fábrica e detalhou o projeto de expansão que gera cerca de 50 novos empregos sobre o atual quadro de 150 operários que atuam na produção.
A São José Industrial foi fundada em 1993 em São José do Inhacorá. Na época era uma pequena metalúrgica situada em um galpão com o nome de Metalúrgica São José. Os executivos da empresa receberam informações detalhadas sobre licenciamento ambiental por parte da Fepam, também quanto ao tratamento tributário na aquisição de equipamentos fabricados no Rio Grande do Sul ou adquiridos em outros estados; de enquadramento nos incentivos do Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS) e no Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul (Integrar/RS); e sobre o apoio da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) e os relacionados com as linhas de financiamento operadas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Badesul e Banrisul, que integram o Sistema de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul.