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Empresas & Negócios

- Publicada em 30 de Setembro de 2016 às 14:09

Instrumentos na mala, sonhos no coração

Grupo conta com 47 estudantes com idades entre 10 e 23 anos da Vila Mapa

Grupo conta com 47 estudantes com idades entre 10 e 23 anos da Vila Mapa


CAMILA SCHINCHTING/DIVULGAÇÃO/JC
Nicole Feijó
De Tom Jobim a O Rappa. De Ary Barroso a Adele. De Paulinho da Viola à Bruno Mars. A lista de artistas que inspiram e fazem parte do repertório da Orquestra Villa-Lobos é extensa. MPB, samba, pop ou música erudita: o grupo de 47 integrantes, de 10 a 23 anos, faz questão de incluir os mais diferentes ritmos e expressões musicais em suas apresentações. A orquestra é apenas uma parte de um projeto que atende cerca de 600 crianças em sete pontos da comunidade da Vila Mapa, na periferia de Porto Alegre. A iniciativa partiu da professora de música Cecília Silveira que, há 24 anos, iniciou com 12 crianças o ensino de flauta doce na Escola Municipal de Ensino Fundamental Villa-Lobos. Hoje, é um programa de educação musical que envolve mais de 20 educadores e mantém uma parceria com a organização não-governamental Instituto Cultural São Francisco de Assis. 
De Tom Jobim a O Rappa. De Ary Barroso a Adele. De Paulinho da Viola à Bruno Mars. A lista de artistas que inspiram e fazem parte do repertório da Orquestra Villa-Lobos é extensa. MPB, samba, pop ou música erudita: o grupo de 47 integrantes, de 10 a 23 anos, faz questão de incluir os mais diferentes ritmos e expressões musicais em suas apresentações. A orquestra é apenas uma parte de um projeto que atende cerca de 600 crianças em sete pontos da comunidade da Vila Mapa, na periferia de Porto Alegre. A iniciativa partiu da professora de música Cecília Silveira que, há 24 anos, iniciou com 12 crianças o ensino de flauta doce na Escola Municipal de Ensino Fundamental Villa-Lobos. Hoje, é um programa de educação musical que envolve mais de 20 educadores e mantém uma parceria com a organização não-governamental Instituto Cultural São Francisco de Assis. 
Se a flauta foi o instrumento de partida do projeto, hoje ela ganha a companhia de oficinas de cavaquinho, contrabaixo, coral, expressão corporal, flauta doce, gaita ponto, grupo de cordas, iniciação musical, musicalização infantil, percussão, prática de orquestra, samba e pagode, violão, viola, violino e violoncelo, entre outras. As turmas iniciantes são chamadas de A e à medida que os alunos avançam, integram a B e depois a C. Então, neste momento, no terceiro ano de estudo, se tiverem interesse, formam uma turma preparatória para integrar a orquestra e participar das apresentações. Além do convênio com a prefeitura da Capital destinado aos pagamentos dos educadores e reposição de materiais de consumo, para dar conta de todas essas atividades contam com as apresentações da orquestra em eventos, venda do livro, CDs e DVDs que produziram com a ajuda de apoiadores e patrocinadores.
Cecília conta que não imaginava que o projeto tomaria essa direção e ganharia tamanha proporção. Apesar de algumas metodologias terem mudado com o crescimento do trabalho, ela garante que a intencionalidade permanece a mesma de anos atrás: levar a sério o trabalho de educação musical dentro de uma escola pública. "Trabalhamos com crianças e adolescentes que, se não é a oportunidade dentro da escola de se apropriar da linguagem musical como uma forma de conhecimento e expressão artística, provavelmente não teriam acesso ao ensino da música." Apesar da motivação permanecer a mesma, o projeto expandiu suas atividades para além dos instrumentos, incluindo expressão corporal, teatro e até sapateado. A intenção é contribuir para que essas crianças, adolescentes e jovens tenham possibilidade de ampliar horizontes, considerando que essas expressões artísticas se relacionam diretamente com a música.
Menção Especial do júri do Prêmio Açorianos de Música 2012 e três indicações (DVD, espetáculo e arranjadores) do Prêmio Açorianos de Música 2013, o projeto não pede nenhuma comprovação de talento, pois não se encaixa nos moldes de escolas musicais tradicionais. "O trabalho de arte tem que cumprir a função de proporcionar a esses jovens, que são a geração que vai dar rumo à sociedade, oportunidades da conivência e de descoberta da sua importância num dentro de um grupo."
Por meio de patrocínios e parcerias com instituições e empresas, a orquestra participou de congressos no Uruguai, Argentina, Rio de Janeiro, João Pessoa, Brasília e Salvador. Em fevereiro deste ano, surgiu o convite para participar do I Congresso Nacional e Internacional de Educación Artística 2016, promovido pela Facultad de Humanidades y Artes da Universidad Nacional de Rosario, que acontece de 3 a 5 de novembro de 2016, em Rosário, cidade argentina. A universidade irá cobrir os gastos de hospedagem e alimentação da orquestra, que é o único grupo estrangeiro na programação do evento. Parte do custo do transporte (48%), a prefeitura de Porto Alegre irá cobrir.
Foi então que lançaram uma campanha de arrecadação on-line (o chamado crowdfunding) com o objetivo de completar o valor da locação do ônibus (52%) e pagar as refeições do grupo durante a viagem de ida e de volta, no valor total de R$ 12.500,00. Cecília defende que a viagem é mais uma boa oportunidade aos jovens, pois, além do congresso, eles aproveitam para fazer uma programação cultural na cidade. "Sabemos que as famílias não têm condições de oferecer isso. Eles passam a enxergar o mundo diferente e não ficam limitados a comunidade onde moram." O sistema de crowdfunding funciona com recompensas por contribuições, entre elas está o livro, CDs, DVDs da orquestra e até mesmo uma apresentação do grupo.
Para contribuir e obter mais informações sobre o projeto, acesse a página da campanha no Catarse.
Para contribuir para as demandas rotineiras e compras de materiais e instrumentos utilizados pelos alunos, há possibilidade de depósito via conta bancária do projeto. Banrisul Agência: 0156 Conta: 06855633-05 Titular: CEEMEF Heitor Villa Lobos.
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