A campanha eleitoral municipal iniciou nesta terça-feira (16) em todo o País, com uma série de restrições e novas regras determinadas pela Justiça Eleitoral. Em Porto Alegre, a largada na disputa pela prefeitura foi dada em debate com os candidatos na Rádio Gaúcha na manhã desta terça.
Segurança, mobilidade, saúde e gestão foram os temas mais discutidos e que pautaram críticas e perguntas, além de propostas. O segundo debate da campanha será nesta quinta-feira na Rádio Guaíba.
Participaram os candidatos Fábio Ostermann (PSL), João Carlos Rodrigues (PRB), Júlio Flores (PSTU), Luciana Genro (PSOL), Maurício Dziedricki (PTB), Nelson Marchezan Jr (PSDB), Raul Pont (PT) e Sebastião Melo (PMDB). O candidato
Marcello Chiodo (PV), que registrou a candidatura nessa segunda-feira (15), não esteve no debate. A emissora vai confirmar a inscrição e depois abrirá espaço em uma entrevista.
No primeiro bloco, os assuntos mais citados foram segurança pública e mobilidade urbana, como a licitação do transporte público da Capital.
O candidato Nelson Marchezan Jr. disse que "está difícil acreditar nos políticos" e pediu atenção dos eleitores na campanha. Ele defendeu a transparência dos recursos públicos e afirmou que este será o seu "princípio básico".
Júlio Flores disse que "há uma descrença generalizada" e afirmou ser favorável a uma campanha nacional de "Fora Temer, fora Dilma, fora Renan" e denunciou a atuação dos grandes empresários, que "hoje comandam o país e as cidades".
Luciana Genro citou que seu governo vai priorizar a segurança e a saúde pública. Durante o debate, a candidata atacou o PT, dizendo que o partido alimentou o PMDB do governo federal e que o PT gaúcho teve participação na aliança nacional, citando ex-dirigentes da sigla que estão presos, como o gaúcho Paulo Ferreira. A candidata ainda defendeu o corte de 70% dos cargos em comissão e a valorização dos servidores de carreira.
Júlio Flores prometeu elaborar um plano de obras públicas, como moradias e escolas, além de gerar de empregos através de empresas estatais e estatizar do transporte público.
Raul Pont centrou as propostas na recuperação da gestão administrativa de Porto Alegre. O candidato disse que pretende apostar na capacidade do município, estimulando a produção e o crescimento e garantindo o acesso à saúde e educação.
Marchezan Jr. se comprometeu a "trabalhar com a verdade", "justiça com o dinheiro público" e "transparência absoluta, total e irrestrita". João Carlos Rodrigues listou três áreas como foco de sua campanha: educação, segurança, com o fortalecimento da guarda municipal, e auditoria nas contas da prefeitura.
Fábio Ostermann insistiu na questão da segurança pública. Ele também se comprometeu a trabalhar a gestão do município, reorganizando os serviços públicos e reduzindo as 36 secretarias a seis. Dziedricki afirmou que seu programa prevê uma cidade "mais segura, mais moderna, mais participativa".
Sebastião Melo, atual vice-prefeito da Capital, prometeu melhorar serviços de limpeza, de poda de árvores, de coleta do lixo, segurança e saúde para seguir na gestão. Citou o potencial do 4° Distrito e disse que quer ser um "prefeito empreendedor".