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Opinião

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 17:23

Cantora definitiva da Cadeira Vazia

Foi no programa do Jô que assisti e ouvi pela primeira vez a cantadeira de fados Mariza não só cantar, mas interpretar a música Cadeira Vazia, de autoria de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves. Voz maviosa, jeito meigo e suave encantou. Pensava eu, do alto de 50 anos de rádio, tocando e comentando a música popular brasileira, que a gravação da música por Elis Regina, Jamelão, Francisco Egydio e Elza Soares a teriam tornado definitivas. Ledo e feliz engano, Mariza faz valer o bordão: canta e encanta. Arrisco-me a dizer, adiantando-o, que foi a melhor que ouvi. Fui procurar saber sobre essa diva e descobri que nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), capital da província ultramarina portuguesa de Moçambique. É filha de pai português, José Brandão Nunes, e mãe moçambicana, Isabel Nunes.
Foi no programa do Jô que assisti e ouvi pela primeira vez a cantadeira de fados Mariza não só cantar, mas interpretar a música Cadeira Vazia, de autoria de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves. Voz maviosa, jeito meigo e suave encantou. Pensava eu, do alto de 50 anos de rádio, tocando e comentando a música popular brasileira, que a gravação da música por Elis Regina, Jamelão, Francisco Egydio e Elza Soares a teriam tornado definitivas. Ledo e feliz engano, Mariza faz valer o bordão: canta e encanta. Arrisco-me a dizer, adiantando-o, que foi a melhor que ouvi. Fui procurar saber sobre essa diva e descobri que nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), capital da província ultramarina portuguesa de Moçambique. É filha de pai português, José Brandão Nunes, e mãe moçambicana, Isabel Nunes.
Na atual Maputo, o pai trabalhara como gerente de empresa holandesa de nome Zuid. Durante o êxodo das famílias portuguesas nas antigas colônias ultramarinas portuguesas, o pai abandonou Moçambique com a família, escolhendo Lisboa para recomeçar a vida. A música popular brasileira era paixão para Mariza, que viveu durante cinco meses no Brasil, em 1996, período que acredito fez espécie de oficina ouvindo especialmente Ivan Lins e Elis Regina.
Penso que foi nessa época que conheceu a imortal obra do grande Lupicínio Rodrigues, a ponto de incluir no repertório a música Cadeira Vazia. Há cantoras que são afinadas, melodiosas, dividem bem, mas só cantam. Outras, como Mariza, interpretam e cantam descarnadamente. A expressão corporal vem da alma e, por isso, nos faz chorar pela emoção ao imaginar como humanos conseguem a superação da técnica de quase sublimação. Mariza, uma diva da música internacional.
Radialista e escritor
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