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Internacional

- Publicada em 30 de Agosto de 2016 às 15:26

Referendo ocorrerá em 2 de outubro

Presidente Juan Manuel Santos firmou ontem o decreto de convocação

Presidente Juan Manuel Santos firmou ontem o decreto de convocação


CESAR CARRION /AFP/JC
O presidente Juan Manuel Santos assinou ontem o decreto que convoca um plebiscito para o dia 2 de outubro para que os colombianos decidam se apoiam ou rechaçam os acordos de paz fechados entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O aval presidencial foi dado um dia após o Congresso aprovar, por ampla maioria, a convocação do voto popular proposta pelo chefe de Estado.
O presidente Juan Manuel Santos assinou ontem o decreto que convoca um plebiscito para o dia 2 de outubro para que os colombianos decidam se apoiam ou rechaçam os acordos de paz fechados entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O aval presidencial foi dado um dia após o Congresso aprovar, por ampla maioria, a convocação do voto popular proposta pelo chefe de Estado.
Na Câmara dos Deputados, houve 127 votos a favor e 15 contra o referendo, enquanto no Senado foram 71 votos favoráveis e 21 contrários. "Hoje, damos um passo a mais para a paz. O referendo é agora uma realidade", afirmou Santos, na companhia de todos seus ministros. O decreto inclui a pergunta que será feita no referendo: "Você apoia o acordo final para o fim do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?".
Para que a consulta popular seja aprovada, necessitará de cerca de 4,5 milhões de votos entre os 35 milhões de eleitores aptos a participar, segundo dados oficiais. O voto não é obrigatório na Colômbia.
O anúncio foi feito seis dias após representantes de Santos e das Farc firmarem um histórico acordo de paz em Cuba, que encerra mais de meio século de conflito armado. Na quinta-feira, Santos deu ordem de cessar-fogo contra as Farc. No domingo, o líder do grupo, Rodrigo Londoño, ou Timochenko, tomou a mesma atitude. O armistício bilateral e definitivo entrou em vigor na segunda-feira.
A ONU e observadores internacionais têm a tarefa de monitorar o fim das hostilidades e o funcionamento da zonas transitórias para os guerrilheiros, enquanto se realiza o desarme. Entre 20 e 30 de setembro haverá uma cerimônia na qual Santos e Timochenko assinarão o acordo final de paz. O ato, segundo o presidente, deve se celebrar em Bogotá, em Cuba ou na sede da ONU, em Nova Iorque.
As negociações entre o governo e as Farc começaram no final de 2012. Desde então, as partes fecharam acordos em questões agrárias, na participação dos rebeldes na política, na luta conjunta contra o narcotráfico, indenizações para as vítimas, o cessar-fogo e o abandono das armas, entre outros temas. O conflito deixou pelo menos 220 mil mortos na Colômbia entre 1958 e 2012, de acordo com relatório do Centro Nacional de Memória Histórica.
 
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