O ativista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, afirmou em entrevista à emissora Fox News que mais e-mails da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, podem ser revelados antes da eleição geral. Segundo ele, o WikiLeaks pretende divulgar os documentos "significativos" sobre a ex-secretária de Estado.
Líder nas pesquisas, Hillary vem sendo alvo de críticas nos últimos meses porque, quando era secretária de Estado do governo do presidente Barack Obama, trocou muitos e-mails utilizando sua conta pessoal, não a oficial. Além disso, é questionado o fato de que a democrata se encontrou nessa mesma época com figuras que eram importantes doadores da Fundação Clinton, o que poderia sugerir conflito de interesses. A candidata já negou qualquer irregularidade.
Questionado pela Fox se os e-mails divulgados poderiam mudar a corrida eleitoral, Assange disse que "depende de como isso pegar fogo". O WikiLeaks vazou arquivos do Comitê Nacional Democrata antes das primárias do partido de julho. Mensagens mostraram a atividade de dirigentes do partido em prol de Hillary e para minar a pré-candidatura do principal rival dela, o senador Bernie Sanders.
Uma decisão judicial obriga que o Departamento de Estado revise milhares de e-mails para potencial divulgação. O juiz James Boasberg determinou a data de 22 de setembro como limite para que sejam revisados quase 15 mil e-mails de Hillary durante seu mandato como secretária de Estado. O material a ser liberado pode ser mais fonte de questionamentos sobre a candidata, perto da eleição de 8 de novembro.