Um incêndio na ala de maternidade do hospital público de Yarmouk, um dos maiores de Bagdá, matou ao menos 11 recém-nascidos. Segundo o Ministério da Saúde iraquiano, Ahmed al Rudeini, o fogo foi provocado por um curto-circuito.
O diretor do hospital, Saad Hatem Ahmed, disse que 29 pacientes mulheres e oito bebês foram transferidos para outro hospital da capital iraquiana. Pai de gêmeos que morreram no incêndio, o operário Hussein Omar, de 30 anos, soube do incêndio e foi até o hospital de Yarmouk. Funcionários pediram que ele procurasse os filhos, um casal nascido na semana passada, em outro hospital, para onde os pacientes estavam sendo transferidos. Omar não conseguiu encontrá-los e retornou a Yarmouk. Foi quando pediram a ele que procurasse os bebês no necrotério. "Eu quero meu garotinho e minha garotinha de volta. O governo tem que me devolvê-los."
A maioria dos hospitais públicos de Bagdá padecem com a falta de serviços de qualidade, o que leva muitos iraquianos a utilizar estabelecimentos privados. Com a falta de manutenção, falhas elétricas são comuns não só na capital, mas em todo o país. Contribuem para isso a falta de escadas de incêndio e o fato de fornecedoras de material de construção não seguirem padrões internacionais de segurança.