Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 29 de Agosto de 2016 às 22:42

Governo demorou para agir, diz irmão de vítima

Rodrigo disse que Força Nacional "ameniza" insegurança

Rodrigo disse que Força Nacional "ameniza" insegurança


JONATHAN HECKLER/JC
Igor Natusch
A família de Cristine Fonseca Fagundes, morta na semana passada enquanto buscava a filha na frente do Colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, manifestou sua inconformidade com a demora do governo gaúcho em combater a violência nas ruas do Estado. Em declaração lida durante entrevista coletiva, ontem, o irmão de Cristine, Rodrigo da Fonseca Massa, agradeceu à Brigada Militar (BM) e à Polícia Civil pelo empenho na solução do caso, mas não poupou críticas ao governo de José Ivo Sartori.
A família de Cristine Fonseca Fagundes, morta na semana passada enquanto buscava a filha na frente do Colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, manifestou sua inconformidade com a demora do governo gaúcho em combater a violência nas ruas do Estado. Em declaração lida durante entrevista coletiva, ontem, o irmão de Cristine, Rodrigo da Fonseca Massa, agradeceu à Brigada Militar (BM) e à Polícia Civil pelo empenho na solução do caso, mas não poupou críticas ao governo de José Ivo Sartori.
"Quero lembrá-lo, governador, que, em 25 de setembro de 2015, o prefeito da nossa Capital (José Fortunati) pediu a presença da Força Nacional, alegando que a violência havia ultrapassado todos os limites suportáveis. Aquele pedido, se não me engano, foi feito após um incêndio em um ônibus na Vila Cruzeiro. Nada aconteceu", diz o texto.
Falando em nome da família, Massa se disse satisfeito com a chegada das tropas federais, que começam a atuar hoje nas ruas de Porto Alegre. Mas lamentou a falta de ações anteriores para diminuir a insegurança da população. "Muita coisa poderia ter sido feita. Infelizmente, precisou acontecer isso com a minha família. Já que o governador Sartori demorou tanto para agir, vamos torcer para que ele melhore daqui para frente", declarou. "Não adianta chamar a Força Nacional para ficar três ou quatro meses. Ameniza um pouco, mas, se ficar nisso, não vai mudar muita coisa."
De acordo com o irmão de Cristine, os filhos da vítima, de 12 e 17 anos, estão vivendo "momentos de muita tristeza" e devem começar a receber acompanhamento psicológico nos próximos dias. Massa também manifestou a esperança de que a tragédia motive mudanças no sistema penal, com uma revisão das leis que dificulte a liberdade de criminosos e force o cumprimento integral das penas. "Não desejo nenhuma violência contra os assassinos de minha irmã. Mas peço às autoridades judiciais que lhes sejam aplicadas as leis da maneira mais severa possível", ressaltou.
A previsão é que a Força Nacional reforce com cerca de 150 homens o policiamento ostensivo em Porto Alegre. Equipados com armamento e viaturas, os soldados vão incrementar o efetivo da Operação Avante, principal iniciativa de segurança pública do governo gaúcho. Ontem, foram promovidas ações de reconhecimento nos principais pontos da Capital, reunindo tropas da Força e soldados da BM.
Durante a manhã, ocorreu também a primeira reunião de trabalho do gabinete que tenta solucionar a crise na segurança pública do Estado. De acordo com o vice-governador José Paulo Cairoli, que comanda o grupo, as iniciativas mais urgentes envolvem a aquisição emergencial de viaturas e a ampliação de vagas no sistema prisional. O gabinete começou a atuar desde a exoneração de Wantuir Jacini, que deixou a Secretaria de Segurança na semana passada. Ainda não há previsão de quando será nomeado um novo titular para a pasta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO