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Indústria Alimentícia

- Publicada em 31 de Agosto de 2016 às 23:31

Panfácil inaugura planta de pães congelados

Operação da nova fábrica, em Canoas, é totalmente automatizada, diz Bernardo Pretto

Operação da nova fábrica, em Canoas, é totalmente automatizada, diz Bernardo Pretto


FILLIPO JR./DIVULGAÇÃO/JC
O ano de 2016 marca um salto para a Panfácil, empresa do Grupo Estrela, que também controla o Moinho Estrela e a Mesasul. A companhia inaugurou em 1 de setembro de 2016, em Canoas, uma nova fábrica de pães e lanches congelados, que elevará em seis vezes a sua capacidade de produção.
O ano de 2016 marca um salto para a Panfácil, empresa do Grupo Estrela, que também controla o Moinho Estrela e a Mesasul. A companhia inaugurou em 1 de setembro de 2016, em Canoas, uma nova fábrica de pães e lanches congelados, que elevará em seis vezes a sua capacidade de produção.
O diretor comercial da operação de pães congelados da Panfácil, Bernardo Pretto, recorda que o grupo tem experiência no segmento de pães congelados desde 1999. Há quatro anos, com a planta anterior praticamente esgotada, foi iniciado o projeto de ampliação da capacidade de produção, através de uma nova unidade. "Decidimos partir para algo inédito, que é uma linha de pão francês (o conhecido cacetinho) totalmente automatizada", comenta o executivo.
Os equipamentos foram importados da França, mas, antes de chegarem ao Brasil, as máquinas foram adaptadas ao mercado nacional. Pretto explica que as características do pão francês, apesar do nome, são especificamente brasileiras. Enquanto, na Europa, os pães possuem cascas mais duras e outros formatos (como o de baguete), no Brasil, o pão francês tem uma casca crocante, um miolo mais macio e uma modelagem própria.
O Grupo Estrela, entre as unidades de farinha e de pães congelados, nos últimos anos, investiu aproximadamente R$ 45 milhões para viabilizar o aumento de capacidade. Somente na planta dos produtos finais o aporte foi de R$ 28 milhões. O moinho do grupo tem capacidade para mais de 20 mil toneladas de farinhas de trigo por mês, suficiente para atender a toda a demanda da Panfácil, assim como a de outras companhias do segmento.
A fábrica foi instalada em um espaço de 15 mil metros quadrados (sendo 4,2 mil metros quadrados em área construída), ao lado do moinho do grupo. As farinhas chegam diretamente do moinho para a fábrica através de uma tubulação de 150 metros de comprimento e, depois de armazenadas em silos, seguem automaticamente para as linhas de produção. Na continuidade, o produto é congelado e embalado.
A capacidade da planta antiga era de apenas 600 toneladas mensais de produtos, entre pães e lanches congelados, enquanto que o novo complexo tem um potencial para 3,6 mil toneladas mensais. "E já há projeto de, nos próximos cinco anos, duplicar a capacidade, se necessário, de acordo com a demanda", revela Pretto. A Panfácil trabalha com mais de 70 itens, além do pão francês, como, por exemplo, pães diversificados, croissants, pães de queijo, entre outros.
A produção da nova unidade atenderá à região Sul e parte do Sudeste do País, sendo os clientes constituídos por supermercadistas, distribuidores e panificadores. A Panfácil não revela nomes, porém Pretto adianta que a ideia é atender a grandes redes. "Trabalhamos com um produto que permite que os supermercados não precisem de padarias completas em suas lojas", detalha. Quando o pão congelado chega ao cliente, é necessário somente descongelar, fermentar e assar, tornando o processo mais eficiente.

Setor de panificação apresenta maior resistência aos efeitos da crise

Apesar de o momento ser de turbulência na política e na economia do País, a situação não tem assustado o Grupo Estrela. O diretor Bernardo Pretto lembra que o projeto da nova planta da Panfácil iniciou antes de o Brasil entrar em crise. No entanto, o executivo ressalta que o setor de panificação não sofre maiores impactos com a condição atual.
Uma prova de que o cenário não é tão preocupante é a estimativa de Pretto de que o Grupo Estrela alcançará, neste ano, um faturamento de cerca de R$ 300 milhões, contra um resultado de R$ 270 milhões em 2015. A disponibilidade de recursos do grupo possibilitou que a maior parte do investimento feito na nova unidade da Panfácil fosse oriunda de capital próprio, contando ainda com linhas do Finame (Financiamento e Máquinas e Equipamentos) para a aquisição de alguns equipamentos nacionais. O Grupo Estrela também aproveitou a área da antiga planta, desativada neste ano, para a operação de farinhas.
A nova unidade gerou mais de 300 empregos na etapa da construção, mas o número de trabalhadores utilizados na operação não oscilou muito em relação ao complexo anterior, devido ao ganho em automação de processo, ficando em 115 funcionários. Sobre a logística de distribuição da produção, a Panfácil possui frota própria para fazer entregas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Para as cargas com destinos mais distantes, são usados caminhões frigoríficos de empresas especializadas. Já o trigo que abastece o moinho é proveniente do mercado brasileiro e de países como Argentina, Uruguai e Paraguai.