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Economia

- Publicada em 24 de Agosto de 2016 às 18:08

Governo reduz burocracia no agronegócio

 Presidente interino Michel Temer (e) lançou novo programa para procedimentos no Palácio do Planalto

Presidente interino Michel Temer (e) lançou novo programa para procedimentos no Palácio do Planalto


ANTÔNIO CRUZ/ABR/JC
O governo federal anunciou ontem medidas para reduzir a burocracia e agilizar procedimentos no setor do agronegócio brasileiro. O chamado Plano Agro Mais inclui a revisão de regras de certificação fitossanitárias e o fim da reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades do SIF (Serviço de Inspeção Federal).
O governo federal anunciou ontem medidas para reduzir a burocracia e agilizar procedimentos no setor do agronegócio brasileiro. O chamado Plano Agro Mais inclui a revisão de regras de certificação fitossanitárias e o fim da reinspeção nos portos e carregamentos vindos de unidades do SIF (Serviço de Inspeção Federal).
Ele também prevê a adoção de uma temperatura maior para o congelamento da carne suína, de -18°C para -12°C, seguindo regras internacionais, e a fixação de um protocolo mais simplificado para o sistema de rótulos e produtos de origem manual. Além disso, os órgãos de fiscalização passarão ainda a aceitar laudos digitais, não apenas impressos, e também nos idiomas espanhol e inglês.
A expectativa é que as medidas gerem uma economia de R$ 1 bilhão ao ano para as iniciativas pública e privada. O montante representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio brasileiro.
"O plano será ampliado em 60 dias e, depois, em 120 dias, quando novas normas e processos deverão ser simplificados", explicou o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, segundo o qual o objetivo é atender a até 90% das demandas do setor do agronegócio para simplificação e desburocratização.
Em discurso, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, defendeu medidas de modernização e criticou a adoção de subsídios permanentes para setores do agronegócio. Para ele, tornar o País "permanentemente protecionista não é o caminho correto". "Eu sou muito reticente a subsídios permanentes em algumas áreas. O Brasil moderno precisa socorrer em determinados momentos, mas ser permanentemente protecionista não é o caminho correto", disse.
O presidente interino Michel Temer ressaltou que o Ministério da Agricultura precisa atualizar seu arcabouço normativo, que, segundo ele, ainda inclui regras quase centenárias. "O objetivo é retirar recursos da ineficiência para investir na eficiência. E eficiência não significa a falta de fiscalização", disse.
De acordo com o vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), José Mário Schreiner, as medidas terão "efeito imediato nos elos das cadeias produtivas", uma vez que, com as regras atuais, o Estado tendia a "transformar o ato de registro de um produto em uma verdadeira corrida de obstáculos". "O que se precisa é de capacidade efetiva de fiscalização, e o desafio é construir cooperação", completou.
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