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Economia

- Publicada em 23 de Agosto de 2016 às 14:20

Demanda doméstica por transporte aéreo recua 6,49% em julho, diz Abear

Agência Estado
A demanda por transporte aéreo doméstico registrou, em julho, queda de 6,49% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que compila as estatísticas das associadas Avianca, Azul, Gol e Latam, responsáveis por 99% do mercado aéreo brasileiro. Com o resultado, a entidade destacou que o setor completa um ano de queda da demanda doméstica.
A demanda por transporte aéreo doméstico registrou, em julho, queda de 6,49% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que compila as estatísticas das associadas Avianca, Azul, Gol e Latam, responsáveis por 99% do mercado aéreo brasileiro. Com o resultado, a entidade destacou que o setor completa um ano de queda da demanda doméstica.
O comportamento da demanda foi acompanhado pela oferta, que apresentou retração de 7,78% no mês. Com isso, houve leve melhora no fator de aproveitamento dos voos, de 1,16 ponto porcentual, para 84,59%. O volume de passageiros transportados no mês foi de quase 8,1 milhões, número 8,48% abaixo do anotado em julho de 2015.
Entre as companhias aéreas, a Gol liderou o mercado doméstico, com 36,87% de participação; seguida da Latam, com 35,61%; Azul, com 16,46%; e Avianca, com 11,06%.
Com o resultado de julho, no acumulado em sete meses, a demanda doméstica recua 6,63%, ante igual etapa de 2015, enquanto o corte na oferta é de 6,22%. Com isso, a taxa de ocupação das aeronaves apresenta uma leve piora de 0,35 ponto porcentual, para 80,14%. Em 12 meses, a demanda recua 5,57% enquanto a oferta cai 4,77% e a taxa de ocupação registra baixa de 0,68 p.p., para 80,37%.
O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, salientou que o setor deve seguir registrando retração adicional, acrescentando entre 1 e 1,5 ponto porcentual de queda. "Devemos chegar ao fim do ano com perto de 10% de recuo na aviação brasileira", disse o executivo a jornalistas, durante a apresentação dos números.
Ele comentou que, do ponto de vista da demanda, a busca por voos tem sido sustentada por viagens de lazer. Já as viagens corporativas, que historicamente garantem o desempenho do setor, ainda estão em ritmo lento. "O sinal mais caro de retomada seria a retomada das viagens corporativas, mas não estamos vendo isso até o momento, o que tem sustentando são as viagens de lazer", disse.
Já do ponto de vista da oferta, Sanovicz comentou que o setor deve registrar uma diminuição de 48 a 51 aeronaves na frota, considerando o movimento das três companhias que já anunciaram esse movimento (Azul, Gol e Latam). O número corresponde a uma diminuição de cerca de 10% da frota nacional. Ele salientou, porém, que em caso de recuperação da demanda, o setor teria as condições técnicas para ter as aeronaves de volta. "Temos capacidade de nos adequar rapidamente às mudanças de mercado", comentou.
Questionado sobre a perspectiva para o setor em 2017, o presidente da Abear avaliou que, dado o momento político ainda incerto, seria "muito especulativo" traçar qualquer perspectiva. Para ele isso será possível apenas após outubro, com a definição do impeachment, o destravamento de debates no Congresso e a conclusão de boa parte das eleições municipais.
As companhias aéreas brasileiras também registraram baixa no transporte internacional de passageiros em julho. A demanda recuou 4,26% na comparação com o mesmo mês do ano passado, no quinto resultado negativo consecutivo.
A oferta também apresentou retração, caindo 7,71% na base anual, levando o fator de aproveitamento das aeronaves a registrar uma melhora de 3,09 pontos porcentuais em julho, para 86,02%.
No segmento, a Latam lidera o mercado, com 77,9% de participação. Gol tem 12,63%, Azul fica com 9,34% e Avianca, 0,13%. Vale lembrar que os dados apurados estão limitados a aproximadamente 25% do mercado, que é atendido pelas associadas da Abear. O restante é dominado por companhias estrangeiras.
No acumulado de janeiro a julho, a demanda registrou queda de 1,89%, com uma oferta em retração de 2,75%, levando a uma taxa de ocupação de 81,68%, 0,72 ponto porcentual acima do anotado em igual etapa de 2015.
O desempenho do setor aéreo nas Olimpíadas foi melhor do que na Copa, disse Sanovicz. "A operação da Olimpíada tem dados melhores que os da Copa", comentou, durante entrevista coletiva da entidade para divulgar os dados do setor relativos a julho.
Ele disse ter tomado conhecimento dos dados na manhã desta terça-feira, mas não antecipou qualquer número porque disse que isso seria feito pelo governo, possivelmente ainda nesta mesma data.
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