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Economia

- Publicada em 22 de Agosto de 2016 às 10:05

Mercado projeta inflação menor e melhora da economia em 2017

Agência Estado
Após piora nas projeções de inflação na semana passada, as previsões contidas no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (22), pelo Banco Central, voltaram a mostrar um índice menor para o ano que vem. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2017 caiu de 5,14% para 5,12%. Quatro semanas atrás, estava em 5,29%. Para 2016, permaneceu em 7,31%. Um mês antes, estava em 7,21%.
Após piora nas projeções de inflação na semana passada, as previsões contidas no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (22), pelo Banco Central, voltaram a mostrar um índice menor para o ano que vem. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2017 caiu de 5,14% para 5,12%. Quatro semanas atrás, estava em 5,29%. Para 2016, permaneceu em 7,31%. Um mês antes, estava em 7,21%.
No dia 10 de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação em julho foi de 0,52%, acima da mediana de 0,45% prevista na pesquisa do Broadcast Projeções com as instituições financeiras. Na pesquisa Focus que se seguiu, houve piora nas estimativas do mercado financeiro.
Por sua vez, no comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e na ata da reunião, o BC havia informado que, pelo cenário de referência, que pressupõe a Selic (a taxa básica de juros) inalterada em 14,25% ao ano e um dólar a R$ 3,25, as projeções apontam para uma inflação em torno da meta de 4,5% já em 2017.
No cenário de mercado, que utiliza as trajetórias para os juros e o câmbio apuradas na pesquisa Focus, a inflação projetada para 2017 estava em torno de 5,3%, conforme a ata. Para 2016, a ata do Copom indicou que as projeções, tanto no cenário de referência quanto no de mercado, apontavam para uma inflação em torno de 6,75%.
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, as medianas das projeções para a inflação deste ano no relatório Focus pioraram, passando de 7,41% para 7,51%. Para 2017, permaneceram em 5,25%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 7,20% e 5,29%.
Já a inflação suavizada 12 meses a frente voltou a ceder, passando de 5,42% para 5,34% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,63%. As estimativas para os índices mensais mais próximos seguiram resilientes: as de agosto passaram de 0,32% para 0,33% (quatro semanas antes estavam em 0,30%). Para setembro, seguiram em 0,35%, sendo que um mês antes estavam em 0,36%.
O Relatório de Mercado Focus voltou a mostrar mudanças nas projeções para os preços administrados, tanto em 2016 quanto em 2017. A mediana das previsões do mercado financeiro para este indicador este ano passou de alta de 6,18% para avanço de 6,10%.
No próximo ano, as projeções também melhoraram e a mediana passou de alta de 5,35% para elevação de 5,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,38% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,50% para 2017.
O BC contava com forte desinflação desse segmento para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5% em 2016 - uma perspectiva que vai ficando distante, pelos dados do Focus. Nos últimos tempos, o dólar mais baixo também vinha colaborando. Em comunicações recentes, o BC enfatizou ainda que a retração econômica pode ajudar no processo de desinflação. Por outro lado, disse que a inflação corrente e as expectativas, ambas elevadas, seguram este processo.
Na ata do último encontro do Copom, a instituição projetou uma variação de 6,6% para os preços administrados em 2016 e de 5,3% para 2017.
A pesquisa Focus mostrou também que a mediana do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 2016 seguiu em 7,69% da última semana para esta. Há um mês, estava em 8,62%. Para o ano que vem, a mediana das previsões foi de 5,52% para 5,50%. Quatro levantamentos atrás, essa previsão para 2017 estava em 5,55%.
Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas. Outro índice, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 8,06% para 8,04% nas projeções dos analistas. Quatro levantamentos antes estava em 9,04%. Para 2017, as previsões mostraram recuo de 5,53% para 5,51% - um mês atrás estava em 5,69%.
A mediana das previsões para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) de 2016 também caiu esta semana, de 7,51% para 7,47%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,53%. Já para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo foram de 5,30% para 5,20%, ante 5,31% de um mês antes.

Expectativa de retração do PIB em 2016 segue em 3,20%

As projeções para a atividade do País em 2016 continuaram mostrando uma forte recessão. Pelo documento, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiram indicando retração de 3,20%. Há um mês, o mercado previa uma queda de 3,27%.
Para 2017, o cenário segue um pouco melhor, com perspectiva de PIB positivo. Ainda assim, o mercado prevê para o País, conforme o relatório Focus, um crescimento de apenas 1,20% no próximo ano, ligeiramente melhor que o 1,10% de uma semana atrás (mesmo valor projetado há um mês).
Em junho, o BC informou no Relatório Trimestral de Inflação que sua nova estimativa para o PIB deste ano era de retração de 3,3%, ante baixa de 3,5% vista na edição anterior do documento. No caso de 2017, a estimativa do Ministério da Fazenda, atualizada na semana passada, é de 1,6% de crescimento. Antes, estava em 1,2%. Essa nova estimativa constará no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a ser apresentado ao Congresso até o fim do mês.
No relatório Focus, as estimativas para a produção industrial ainda sugerem um cenário difícil. A queda prevista para este ano seguiu em 5,95%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial foi de 0,75% para 1,05%.
Já as projeções para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano passaram de 44,90% para 45,25%. Um mês atrás, estava em 44,45%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 49,05% para 49,65%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,00%.
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