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Economia

- Publicada em 10 de Agosto de 2016 às 15:02

Gerdau vê sinais de melhora recente na demanda interna por aço

Agência Estado
O mercado interno brasileiro está começando a mostrar alguns sinais de melhoria na demanda, disse nesta quarta-feira (10) o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, em teleconferência com analistas no dia em que a empresa anunciou o balanço do segundo trimestre de 2016.
O mercado interno brasileiro está começando a mostrar alguns sinais de melhoria na demanda, disse nesta quarta-feira (10) o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, em teleconferência com analistas no dia em que a empresa anunciou o balanço do segundo trimestre de 2016.
No Brasil, as vendas da empresa para o mercado interno, volume que não inclui as unidades de aços especiais, caíram 7,7% em um ano, para 1,007 milhão de toneladas, diante de um menor nível de atividade da construção civil e da indústria, segundo o informe de resultados da Gerdau. Na relação com o trimestre imediatamente anterior, houve um aumento de 12,4%.
No entanto, para compensar o menor desempenho no mercado interno, 622 mil toneladas de aço foram exportadas, aumento de 30,4% ante o segundo trimestre de 2015 e de 18,3% em relação aos três primeiros meses do ano, o que Gerdau atribui à sazonalidade no período e melhora dos preços internacionais do aço no início de 2016.
Ainda na teleconferência, Johannpeter afirmou que as companhias têm se utilizado das exportações para conseguirem manter a capacidade de suas operações.
A utilização da capacidade da operação da Gerdau no Brasil está no momento em 75%, sendo que se encontrava em 65% no primeiro trimestre deste ano, disse Johannpeter.
"Ainda é muito cedo para dizer se o mercado interno vai ter retomada, mas vemos alguns sinais de confiança em geral", destacou o executivo. Segundo ele, um exemplo de sinalização de melhora são os dados de produção industrial, que parou de apresentar queda.
A Gerdau não exportou minério de ferro no segundo trimestre deste ano, informou o presidente da companhia. Da produção de minério de ferro da empresa, 1,275 milhão de toneladas foram destinadas para a usina de Ouro Branco, em Minas Gerais, e 1,104 milhão de toneladas foram vendidas a terceiros, reflexo da melhora dos preços do insumo.
O governo brasileiro precisa acelerar mecanismos de defesa comercial para que um excesso de capacidade mundial de aço, principalmente na China, não invada o Brasil, destacou Johannpeter. "Reforço que precisamos de mudanças estruturais no setor. A China vem sendo alvo de investigações de práticas desleais por mais de 20 países", disse o executivo.
Segundo ele, uma série de países está tomando medidas para defender seus mercados e, tendo isso em vista, existe um risco para que mais volume de aço seja destinado ao Brasil. "A importação segue como motivo de preocupação no Brasil e em outros países em que atuamos", afirmou.
Johannpeter defendeu ainda a melhoria de assimetrias no mercado brasileiro, de forma a ajudar a indústria de transformação. O executivo disse que é fundamental o retorno do reintegra e afirmou que o setor pede uma alíquota de 5%.
A Gerdau segue reavaliando o potencial de rentabilidade de ativos. "Isso está dentro da nossa estratégia, que estamos implementando nos últimos dois anos", disse Johannpeter. Nesse contexto, em maio deste ano a Gerdau fechou um acordo definitivo de venda de sua empresa produtora de aços especiais na Espanha para a Clerbil SL, por até 200 milhões de euros.
O executivo frisou, em teleconferência com a imprensa, que não há neste momento nada a ser anunciado e que não há qualquer meta ou prazo para esses anúncios. "Há critérios de rentabilidade (de cada ativo) que precisam ser alcançados. E há ainda alternativas, como joint venture, pode ser uma venda integral, parcial, unir linhas de produtos", destacou.
A indicação de uma elevada adesão dos acionistas da Gerdau Metalúrgica em sua emissão de debêntures, de até R$ 450 milhões, fez com que a administração da companhia decidisse não emitir notas promissórias, conforme já havia sido aprovado previamente.
A Gerdau Metalúrgica, holding detentora da Gerdau, havia aprovado no início do mês sua segunda emissão de 20 notas promissórias comerciais no montante total de R$ 200 milhões, para distribuição pública com esforços restritos.
"Nosso objetivo é a rolagem da dívida de curto prazo com custos competitivos", afirmou, em teleconferência com a imprensa, o diretor de Relações com Investidores da siderúrgica gaúcha, Harley Lorentz. Nesta quarta, será finalizada a fase de subscrição das debêntures, que prevê remuneração de 85% da taxa DI.
A Gerdau prevê que sua alavancagem siga em trajetória de queda até o fim deste ano, diante das medidas internas que estão sendo adotadas e pela geração de fluxo de caixa que vem alcançado, disse Lorentz.
No segundo trimestre deste ano, a alavancagem da Gerdau, medida pela razão da dívida líquida pelo Ebitda, foi a 3,6 vezes, queda de 0,5 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre do ano. No entanto, a alavancagem subiu 0,6 ponto ante o mesmo intervalo do ano passado, quando estava em 3 vezes.
Considerando tanto a dívida líquida quanto o Ebitda em dólar - lembrando que maior parte da receita da Gerdau é na moeda estrangeira -, a alavancagem fica em 4,1 vezes, ante 2,6 vezes no mesmo intervalo do ano passado e de 4 vezes no primeiro trimestre deste ano.
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