Transolímpica, no Rio, começa a cobrar pedágio

A Via Rio começou a cobrar pedágio na Transolímpica na segunda-feira. A cobrança deveria ter começado na sexta-feira, quando a via expressa foi aberta ao público em geral, mas acabou adiada por causa de algumas pendências entre a concessionária e a prefeitura do Rio de Janeiro. Após um impasse sobre o valor, foi mantida a tarifa básica em R$ 5,90, a mesma cobrada na Linha Amarela.

A tarifa será uma das mais caras cobradas no Brasil, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A média do País é de cerca de R$ 0,10 por quilômetro rodado, enquanto a da Transolímpica será de R$ 0,23, considerando o pedágio básico de R$ 5,90. "Vou sempre de Irajá a Paraty sem pagar nenhum pedágio. São mais de 200 quilômetros. Acho um absurdo ter que pagar R$ 5,90 duas vezes por dia (ida e volta) em 26 quilômetros", reclamou o motorista Renan Barros.

No domingo, a Via Rio começou a operação da Transolímpica com 70 profissionais por turno, entre operadores, supervisores e arrecadadores, que, mesmo sem a cobrança do pedágio, ficaram dentro e fora das cabines orientando os motoristas. Homens das Forças Armadas, que estão atuando na via desde o início dos Jogos Olímpicos, fazem o reforço da segurança. Dos 26 quilômetros de extensão entre Recreio e Deodoro, 13 estão sob concessão da Via Rio.

No primeiro fim de semana em que foi aberta ao público em geral, a Transolímpica, via expressa que tem uma pista exclusiva para BRTs e estava restrita ao movimento de usuários para os locais dos Jogos da Olimpíada, provou ser capaz de bater recorde. O trajeto entre Deodoro e Recreio dos Bandeirantes, que levava até duas horas, pôde ser feito, tanto de ônibus quanto de carro, em surpreendentes 20 minutos.

Apaixonada por praia, a aposentada Juçara Santos, moradora de Bento Ribeiro, apanhou um ônibus até Magalhães Bastos e, lá, um BRT com a filha Françoase Almeida até o Recreio. "Como moro em Bento Ribeiro, antes precisava pegar três ônibus e ainda caminhar 20 minutos", afirmou Juçara.

No domingo, a movimentação estava tranquila, e os BRTs circulavam ainda com poucos passageiros. Chamava a atenção, no entanto, a falta de sinalização sobre o limite de velocidade na via, que tem trechos de 40 km/h, 60 km/h e 80 km/h. A concessionária Via Rio, responsável pela Transolímpica, assegurou que há placas no local indicando sobre o limite de velocidade, mas que, caso seja necessário, outras serão instaladas na via.