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2° Caderno

- Publicada em 09 de Agosto de 2016 às 18:22

USP cria robô inspirado em lagarta para monitoramento ambiental

Uma espécie de lagarta existente no Brasil, que leva o nome de mede-palmos, serviu de inspiração para a criação de um robô de monitoramento ambiental. Batizado de KA'I yxo, o robô foi desenvolvido pelo engenheiro Reinaldo de Bernardi, em seu doutorado na Escola Politécnica (Poli) da USP, orientado pelo professor José Jaime da Cruz, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle.
Uma espécie de lagarta existente no Brasil, que leva o nome de mede-palmos, serviu de inspiração para a criação de um robô de monitoramento ambiental. Batizado de KA'I yxo, o robô foi desenvolvido pelo engenheiro Reinaldo de Bernardi, em seu doutorado na Escola Politécnica (Poli) da USP, orientado pelo professor José Jaime da Cruz, do Departamento de Engenharia de Telecomunicações e Controle.
O robô foi projetado para escalar árvores de grande porte, especialmente em florestas muito densas, como as da Amazônia e da Mata Atlântica, e levar equipamentos de pesquisa, como sensores e câmeras, para facilitar a coleta de dados. Feito de alumínio e plástico, ele é composto de vários motores e uma bateria de alta capacidade de carga, como as utilizadas em aeromodelismo. Para a escalada, basta equipá-lo, posicioná-lo na árvore e iniciar o modo de subida.
Durante o deslocamento, o robô pode ou não ir coletando dados, a critério do pesquisador. O ponto de parada de escalada é de decisão do pesquisador, sendo necessário um comando para que isso ocorra. Após a determinação da altura desejada, o robô inicia a coleta de dados, caso ainda não esteja realizando a tarefa.
"O KA'I yxo pode carregar vários equipamentos para o alto da árvore, como sensores para medir temperatura, umidade e radiação solar, e ficar por semanas nas árvores, colhendo dados que podem ser transferidos para um computador ou drone", explica Bernardi.
Segundo ele, abaixo da copa das árvores se forma o microclima, muito estudado pelos cientistas pelo seu impacto na flora e fauna locais. Para ter acesso ao microclima, os cientistas costumam usar torres ou guindastes - soluções caras e pouco práticas quando comparadas com um robô. "O custo do KA'I yxo não ultrapassa US$ 500. Além disso, é possível colocar vários robôs em locais diferentes, ampliando geograficamente a área de estudo e tornando o monitoramento mais robusto", afirma.
Para o professor José Jaime da Cruz, um dos grandes desafios de Bernardi foi encontrar a configuração correta, de forma que o robô fosse leve e ao mesmo tempo tivesse bateria suficiente para escalar e se prender na árvore de forma eficiente. "O desenvolvimento da eletrônica e do controle do robô é uma questão complexa, pois é muito diferente projetar um robô que se locomove na horizontal em relação a um que o faz na vertical", destaca. (Jornal da USP)
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