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Política

- Publicada em 11 de Julho de 2016 às 19:55

Procurador eleitoral pede reforço da PF e das Forças Armadas no Rio

Agência Brasil
Os recentes casos de assassinatos de pré-candidatos às eleições municipais deste ano e o poder das milícias sobre o processo de votação motivaram o procurador regional eleitoral, Sidney Madruga, a pedir reforço da Polícia Federal e das Forças Armadas para o pleito de outubro no estado.
Os recentes casos de assassinatos de pré-candidatos às eleições municipais deste ano e o poder das milícias sobre o processo de votação motivaram o procurador regional eleitoral, Sidney Madruga, a pedir reforço da Polícia Federal e das Forças Armadas para o pleito de outubro no estado.
Embora o poder de requisitar forças federais para dar segurança às eleições seja do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Madruga explicou que seu pedido foi dirigido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que ele interceda junto ao Ministério da Defesa para que as tropas fiquem no estado até 48 horas depois das eleições.
"O que vemos hoje nas ruas é um clima de incerteza e de insegurança da população. Queremos evitar o que ocorreu nas duas últimas eleições, principalmente em 2014, que foi observar o poder da milícia, impedindo candidatos de frequentarem comunidades comandadas por ela, e, ao mesmo tempo, constrangendo e ameaçando a população a votarem nos seus candidatos e não votarem nos outros", disse Madruga.
O procurador também pediu reforço da PF para investigar dez casos de homicídios de pessoas que eram pré-candidatas em municípios da Baixada Fluminense, ocorridos nas últimas semanas.
"Nós requisitamos da Polícia Federal para que assuma as investigações dessas mortes. A Polícia Civil já admite que há um caráter eleitoral nessas mortes e quem tem que estar à frente dessas investigações, com a colaboração dos órgãos de segurança do estado, é a Polícia Federal. Se são crimes eleitorais, são crimes federais", disse Madruga.
Esta é a terceira eleição em que Madruga atua como procurador eleitoral. Em 2010 e 2012, ele atuou na Bahia. "Lamentavelmente, esta não é uma questão que ocorre somente no Rio, mas em outros estados da federação, onde desafetos, facções e políticos inimigos se digladeiam a ponto de se matarem, quando o pleito se aproxima e as próprias milícias começam a agir."
O procurador sugeriu que as forças federais não fiquem apenas patrulhando bairros da zona sul do Rio, mas se posicionem nas regiões mais conflagradas do estado. "Não adianta as tropas federais ficarem em determinadas áreas em que as milícias pouco aparecem. O efetivo que nós pedimos é para atender a zona mais carente do estado do Rio, que é a Baixada Fluminense e a zona oeste, onde se detectou significativo número de efetivos paramilitares armados. Não é para as forças armadas ficarem na orla da zona sul."
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