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Terrorismo

- Publicada em 26 de Julho de 2016 às 15:21

Imigração é colocada em xeque

Governo alemão anunciou ontem a contratação de mais policiais

Governo alemão anunciou ontem a contratação de mais policiais


DANIEL KARMANN/AFP/JC
Autoridades de segurança de alto escalão alemãs pediram ontem uma maior triagem de segurança ao receber pessoas que buscam asilo no país, e anunciaram a contratação de policiais após quatro ataques no intervalo de uma semana. Dois deles foram reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).
Autoridades de segurança de alto escalão alemãs pediram ontem uma maior triagem de segurança ao receber pessoas que buscam asilo no país, e anunciaram a contratação de policiais após quatro ataques no intervalo de uma semana. Dois deles foram reivindicados pelo Estado Islâmico (EI).
O governador da Bavária, Horst Seehofer, afirmou ao diário Sueddeutsche Zeitung que "devemos saber quem está no nosso país". Três dos últimos ataques aconteceram na região. Thomas Strobl, ministro do Interior de Baden-Wuerttemberg, onde uma mulher foi morta por um sírio no domingo, também pediu uma postura mais dura em relação aos solicitantes de asilo. "Aqueles que abusam da nossa hospitalidade devem voltar a seus países", afirmou.
Três dos ataques foram conduzidos por imigrantes, aumentando as preocupações sobre a capacidade alemã de lidar com as cerca de um milhão de pessoas que entraram no país no último ano. No mais recente, um sírio de 27 anos que solicitava asilo explodiu uma mochila cheia de explosivos nas proximidades de um festival de música em Ansbach, se suicidando e ferindo outras 15 pessoas.
O EI publicou um vídeo ontem em que um homem declara lealdade ao grupo e afirma que "o povo alemão não conseguirá dormir em paz". O homem seria Mohammad Daleel, que se acredita ser o autor do atentado. Ele aparece com o rosto coberto por um cachecol preto e ameaça "explodir suas casas". No vídeo, o responsável afirma ter agido em resposta ao chamado do grupo para atacar países que compõem a coalização, liderada pelos EUA, que luta no Iraque e na Síria. A Alemanha não está envolvida, mas enviou aeronaves à região.
Após o surgimento da conexão com o EI, promotores federais que investigam a suspeita de terrorismo afirmaram que vão procurar "determinar se outros cúmplices ou apoiadores estariam envolvidos no crime". Um dos principais focos é saber se o responsável pelo ataque em Ansbach teve ajuda na preparação e no planejamento. Investigadores também tentam determinar como o vídeo do responsável chegou às mãos do EI e onde ele aprendeu a construir uma bomba.
O suspeito, originalmente da cidade síria de Aleppo, chegou à Alemanha há dois anos e solicitou asilo em agosto de 2014, segundo o ministro do Interior, Thomas de Maiziere. Como ele já havia se registrado na Bulgária e na Áustria, a Alemanha rejeitou o pedido e ordenou sua deportação para a Bulgária, em 13 de julho. Os solicitantes frequentemente são deportados para o primeiro país onde se registraram se não seguem estritamente os procedimentos previstos, mesmo quando o pedido é legítimo.

Estado Islâmico reivindica ataque que matou padre em igreja na França

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) afirmou que os dois homens que realizaram um ataque em uma igreja no Norte da França ontem eram "soldados" da organização extremista.
Um porta-voz do grupo, Abu Mohammed al-Adnani, apelou, em maio, para que os partidários ocidentais que não podem migrar para os campos de batalha agissem em seus países. Os homens realizaram ataques com faca na cidade de Saint Etienne du Rouvray, na Normandia, e fizeram cinco reféns. Eles cortaram a garganta do padre, identificado como Jacques Hamel, de 86 anos, e deixaram outro refém gravemente ferido - a dupla de agressores foi morta a tiros pela polícia.
O presidente francês, François Hollande, disse que a ameaça terrorista permanece "muito alta". Segundo ele, o país precisa agir com todos os meios, mas dentro do Estado de Direito.