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Internacional

- Publicada em 12 de Julho de 2016 às 15:48

Governo da Venezuela toma a fábrica da Kimberly-Clark

Crise de desabastecimento fez 18 mil cruzarem a fronteira para comprar produtos básicos

Crise de desabastecimento fez 18 mil cruzarem a fronteira para comprar produtos básicos


GEORGE CASTELLANOS/AFP/JC
O governo da Venezuela anunciou ontem que irá tomar uma fábrica pertencente à multinacional de produtos para higiene pessoal Kimberly-Clark após a empresa afirmar que não é mais possível continuar as atividades no país devido à atual situação econômica. No sábado, a empresa anunciou a paralisação das suas operações por motivos que tornam "impossível operar", citando "a carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".
O governo da Venezuela anunciou ontem que irá tomar uma fábrica pertencente à multinacional de produtos para higiene pessoal Kimberly-Clark após a empresa afirmar que não é mais possível continuar as atividades no país devido à atual situação econômica. No sábado, a empresa anunciou a paralisação das suas operações por motivos que tornam "impossível operar", citando "a carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".
Paralelamente, o presidente Nicolás Maduro anunciou que o Citibank, que gerenciava parte das transações internacionais do governo, notificou as autoridades que deve fechar suas contas com o Banco Central em 30 dias. Maduro afirmou que ambas as ações representam uma declaração de guerra econômica contra a Venezuela, uma "nova inquisição imperialista" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Anteriormente, o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, afirmou que o governo iria tomar a fábrica da Kimberly-Clark a pedido de seus 971 trabalhadores, que ocuparam a planta do estado de Aragua. "Se o governo venezuelano tomar controle das instalações da empresa e de suas operações, ele será responsável pelo bem-estar dos trabalhadores e dos ativos e equipamentos", afirmou a companhia em comunicado.
A lei venezuelana autoriza a ocupação de fábrica no caso de "fechamento ilegal ou fraudulento" de uma empresa ou de locaute. De acordo com a Fedecámaras - principal associação empresarial venezuelana - mais de 85% da indústria estava paralisada em maio por falta de matéria-prima. Além da Kimberly-Clark, Bridgestone, General Mills, Procter & Gamble e outras multinacionais estão pausando a produção na Venezuela como consequência da crise.
A crise de abastecimento fez com que o governo reabrisse no domingo, por 12 horas, a fronteira com a Colômbia para a compra de comida, produtos de higiene e remédios. Segundo autoridades colombianas, mais de 18 mil passaram pela divisa. Foi a primeira vez que a Venezuela permitiu a travessia em larga escala desde agosto, quando Maduro ordenou bloquear pontos de passagem sob a justificativa de combater o contrabando e o paramilitarismo.
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