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Geral

- Publicada em 12 de Julho de 2016 às 13:21

Greve atinge mais de 80% dos servidores do Detran-RS, diz sindicato

Servidores do Detran-RS em greve fazem protesto no Centro Administrativo para pressionar governo

Servidores do Detran-RS em greve fazem protesto no Centro Administrativo para pressionar governo


Sheroll Meira/Sindet/Divulgação/JC
O segundo dia da greve dos servidores do Detran-RS atinge mais de 80% da categoria, com mil funcionários públicos estaduais, segundo o Sindicato dos Servidores do Detran-RS (Sindet). O movimento provocou a suspensão de boa parte dos aplicação dos exames teóricos e práticos para carteira de motorista, além de afetar a participação do órgão nas operações Balada Segura e apoio a serviços terceirizados de guincho, depósitos de veículos e verificação de veículos.
O segundo dia da greve dos servidores do Detran-RS atinge mais de 80% da categoria, com mil funcionários públicos estaduais, segundo o Sindicato dos Servidores do Detran-RS (Sindet). O movimento provocou a suspensão de boa parte dos aplicação dos exames teóricos e práticos para carteira de motorista, além de afetar a participação do órgão nas operações Balada Segura e apoio a serviços terceirizados de guincho, depósitos de veículos e verificação de veículos.
No começo da tarde desta terça-feira (12), o comando de greve terá a primeira reunião com o secretário estadual de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos no Centro Administrativo, Raffaele Marsiaj Quinto Di Cameli. No local, os grevistas fazem protesto desde a manhã.
O presidente do sindicato, Maximilian da Rocha Gomes, diz que espera propostas concretas do governo. A pauta que pede reposição de 26,75% da inflação entre julho de 2012 e maio de 2016 e vale-alimentação de R$ 19,00 (hoje a categoria não recebe o benefício) foi entregue em setembro de 2015 ao Estado. Segundo Gomes, desde lá, não teria havido resposta.
"Não somos intransigentes. Queremos que o governo faça negociação e defina uma agenda e prazos", explica o dirigente. Além da pauta financeira, a categoria exige estrutura mais adequada nos locais de aplicação da prova prática. "Os exames são feitos em praças públicas, e as pessoas costumam aguardar até quatro horas para fazer o teste, muitas vezes sob chuva, sem banheiro e mesmo possibilidade de tomar água", descreve o presidente do sindicato.

Impacto nos exames

Por dia, são feitos mil exames teóricos e mais de 2 mil práticos. Os servidores estão em Porto Alegre (800) e em regionais de Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Santo Ângelo. Dos mil, 300 estão diretamente envolvidos com os exames. Em Santa Maria e Pelotas, a adesão, garante o Sindet, é de 100%.  
O presidente do sindicato calcula que apenas 500 provas práticas estão ocorrendo e, mesmo assim, a entidade diz que recebeu denúncias que a aplicação pode estar sendo feita de forma irregular. "A lei exige que haja no local três examinadores e que dois avaliem cada candidato a ter a carteira e isso não estaria sendo cumprido em muitos locais", alerta o sindicalista. "Se não for respeitado o número, a prova pode não ser considerada regular."
Desde 2009, os exames voltaram ao órgão, após investigações que apontaram irregularidades com terceirizados e que acabaram resultando na Operação Rodin.  
Os servidores querem ainda que o órgão implemente promoções e progressões prevista no plano de carreira e contrate mais 200 servidores para viabilizar a presença do Detran-RS nas forças tarefas dos desmanches e de cobrança de débitos.
Em nota oficial no fim da noite dessa segunda-feira (11), a direção do Detran-RS informou que houve redução dos exames práticos e teóricos devido à paralisação. Em Porto Alegre, cerca de 300 provas teóricas não foram aplicadas, diz a nota. No restante do Estado, das 48 rotas realizadas pelos examinadores de trânsito, 18 não foram atendidas. Foram cancelados cerca de 650 exames. O órgão orienta que candidatos com provas teóricas ou práticas canceladas devem reagendar os procedimentos nos Centros de Formação de Condutores (CFCs).
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