Os contratos futuros de ouro fecharam em queda na sessão desta sexta-feira (8) após a divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos referente ao mês de junho. De acordo com o Departamento do Trabalho, foram criadas 287 mil vagas, resultado que surpreendeu os analistas, que esperavam alta de 165 mil. O número ajudou a atenuar as preocupações sobre o crescimento da economia norte-americana e estimulou o apetite por risco.
Com esse cenário, o ouro para agosto, negociado na Comex (a divisão de metais da New York Mercantile Exchange) caiu 0,27% e encerrou o dia a US$ 1.358,40 por onça-troy.
O payroll fez os investidores especularem que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) talvez aumente as taxas de juros nos próximos meses. Juros baixos são benéficos para o ouro, uma vez que o ativo não paga rendimentos aos seus investidores e se torna mais atrativo em relação a outros tipos de investimentos.
Nas últimas semanas, o ouro acumulou altas consideráveis, chegando a atingir o maior nível em dois anos após a incerteza em relação à economia tomar conta do mercado com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. Assim, o mercado de ouro continua aquecido e, para o diretor administrativo da RBC Wealth Managemente, George Gero, os investidores vão continuar procurando oportunidades de comprar ouro quando o preço cair um pouco.
"Há tantas questões geopolíticas e econômicas envolvidas, que os investidores estão procurando comprar ouro nas quedas para recuperar o atraso no segundo semestre", disse Gero.