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indústria Automotiva

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 17:40

Produção de veículos cai 21,2% no primeiro semestre

 SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, 01.12.2014: EMPRESA-MERCADO - Pátio da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) no ABC. Baixa procura por carros zero quilometro deixa pátio das montadoras lotados de automóveis. (Foto: Fabio Braga/Folhapress)

SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP, 01.12.2014: EMPRESA-MERCADO - Pátio da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) no ABC. Baixa procura por carros zero quilometro deixa pátio das montadoras lotados de automóveis. (Foto: Fabio Braga/Folhapress)


FABIO BRAGA/FOLHAPRESS/JC
A produção de veículos no Brasil caiu 21,2% no primeiro semestre do ano, para pouco mais de 1 milhão de unidades. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção de veículos no Brasil caiu 21,2% no primeiro semestre do ano, para pouco mais de 1 milhão de unidades. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em junho, a queda foi de 3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 182,6 mil veículos. Em relação a maio, porém, a produção cresceu 4,2%. As vendas de veículos tiveram queda de 25,4% no semestre, quando 1,31 milhão de unidades foi emplacada. Foi o pior volume para o período nos últimos 10 anos.
"O mercado encontrou o seu patamar de estabilidade e, depois disso, vem o crescimento. O mês de junho já foi melhor que maio e há indicadores econômicos que apontam uma melhora, como os índices de confiança do consumidor", disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
As vendas em junho atingiram 171,8 mil unidades, alta de 2,6% em relação a maio, mas queda de 19,2% ante o mesmo mês do ano passado. Já as exportações caíram 12,5% no semestre, para US$ 4,85 bilhões. Em junho, atingiram US$ 890 milhões, queda de 5,5% em relação a maio e de 11,9% na comparação com o mesmo mês de 2015.
No semestre, foram exportadas 226,64 mil unidades, alta de 14,2% ante o primeiro semestre do ano passado. Em junho, foram exportados 43,39 mil veículos, queda de 7,5% em relação a maio e de 9,6% em relação a junho do ano passado.

Presidente da Anfavea vê estabilização nas vendas

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que os dados de venda de veículos em junho confirmam uma tendência de estabilização observada nos meses anteriores. "O mercado parece ter encontrado o seu piso", defendeu o executivo.
Para ilustrar o seu raciocínio, ele apresentou um gráfico que mostra a redução do ritmo de queda interanual na venda de veículos em 2016. Em janeiro, o recuo foi de 38,9% em comparação com janeiro de 2015. No acumulado de janeiro e fevereiro, a queda foi menos intensa, de 31,3%. No primeiro trimestre, as vendas recuaram 28,6%. Até abril, a retração foi de 27,9%. De janeiro a maio, as vendas caíram 26,6%. E, no primeiro semestre, a baixa acumulada é de 25,4% em relação ao mesmo período de 2015.
Com base nestes números, Megale acredita que a previsão da Anfavea para o ano inteiro, de queda de 19%, deverá ser confirmada em dezembro. "Depois de estabilizar, normalmente vem um crescimento, e temos visto indicadores melhores de confiança do consumidor e algumas visões bem claras do governo federal no sentido de controlar os gastos", disse o presidente da Anfavea.
Apesar dos sinais de melhora, Megale lamentou que a participação dos financiamentos na venda de veículos tenha ficado em 51,2% em junho, o menor nível da série histórica. "Significa que ainda há uma dificuldade de obtenção de financiamento, ou por parte do agente financeiro ou por uma decisão do consumidor", afirmou o executivo.
As montadoras instaladas no Brasil ainda contam com excedente de mão de obra, apesar das demissões registradas desde o ano passado. "De 2004 até 2014 nós tivemos um aumento da produção em relação ao nível de emprego, ajustando isso com trabalho no fim de semana e hora extra. Desde 2015, no entanto, essa tendência se inverteu, então estamos com excedente de mão de obra", afirmou.