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Economia

- Publicada em 06 de Julho de 2016 às 09:11

Bolsas europeias estendem perdas em meio às incertezas política e econômica

Agência Estado
As bolsas europeias estendem as perdas nesta quarta-feira (6) em meio ao aumento das preocupações políticas e econômicas em torno da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Tal ansiedade levou a libra a renovar o menor nível em 31 anos, a US$ 1,2795 e os juros de bônus considerados mais seguros, como os Bunds alemães, os Treasuries dos EUA, os Gilts britânicos e os JGBS do Japão, a atingirem mínimas históricas.
As bolsas europeias estendem as perdas nesta quarta-feira (6) em meio ao aumento das preocupações políticas e econômicas em torno da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Tal ansiedade levou a libra a renovar o menor nível em 31 anos, a US$ 1,2795 e os juros de bônus considerados mais seguros, como os Bunds alemães, os Treasuries dos EUA, os Gilts britânicos e os JGBS do Japão, a atingirem mínimas históricas.
Às 8h58min (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,64%, Paris perdia 2,05% e Frankfurt tinha queda de 2,00%. Já a Bolsa de Milão recuava 2,25%, Madri cedia 1,85% e Lisboa baixava 1,38%.
A falta de medidas mais firmes e direcionamentos têm levado os investidores a operarem no escuro em meio a incertezas. O anúncio da suspensão das operações de três fundos imobiliários no Reino Unido aumentou o nervosismo sobre o tamanho do impacto de um Brexit nas economias em geral.
Desde segunda-feira à noite, três grandes fundos de investimento imobiliário suspenderam os resgates no Reino Unido. Esse tipo de decisão extraordinária tomada apenas em momentos de crise é resultado da turbulência pós-plebiscito. Desde a vitória do Brexit, há queda do valor das cotas e, ao mesmo tempo, aumento dos saques. Isto fez com que a libra renovasse a menor nível em 31 anos, a US$ 1,2795 no intraday. No mesmo horário, a moeda recuava a US$ 1,2966. O temor dos investidores é que as decisões criem um efeito dominó, que poderá se espalhar não só pela Europa, mas por todo o mundo.
Ontem, por exemplo, as suspensões afetaram as cotações de fundos de índices (ETF,na sigla em inglês) focados no segmento em Wall Street. O maior deles, o SPDR DJ Wilshire International Real Estate, que tem US$ 4,6 bilhões em patrimônio, fechou o dia em queda de 2,2%.
Na política britânica, o clima também é incerto. A Secretária do Interior, Theresa May, saiu na frente na primeira rodada do processo que definirá o sucessor do primeiro-ministro David Cameron. Em votação realizada nesta segunda-feira, ela recebeu o voto de 165 parlamentares do Partido Conservador. Novas rodadas de votação devem ser realizadas na quinta-feira e na próxima terça-feira, para reduzir a lista de candidatos a dois. Ela então será aberta ao voto dos cerca de 150 mil afiliados ao Partido Conservador, que deve anunciar o vencedor em 9 de setembro.
Os setores de energia, de telecomunicações e de tecnologia lideram as maiores perdas. Na Itália, a negociação das ações da Telecom Italia foi suspensa depois de caírem mais de 8%, um dia depois da operadora francesa Ilíada anunciar que irá entrar no mercado de telecomunicações italiano. A Telecom Italia poderia sofrer um aumento da concorrência, em um momento em que tem trabalhado para melhorar seu negócio doméstico, que é a maior fatia de sua receita.
Nem mesmo a recuperação do setor bancário na Itália tem ajudado a combater o mau humor. Após caírem 19% na sessão anterior, as ações do Banca Monte dei Paschi di Siena sobem mais de 10% depois que o regulador do mercado de ações na Itália, o Consob, proibiu a venda a descoberto das ações durante a sessão de hoje. Além disso, o credor está olhando para a possibilidade de um aumento de capital no valor ente 2 e 3 bilhões de euros garantidos pelo Estado. Com isso, outros bancos também se recuperam. No horário acima, os papéis do Banca Popolare di Milano subiam 1,40%.
A situação delicada dos bancos italianos tem estado no centro das atenções do mercado. O setor registrou fortes perdas nos últimos dois dias depois que o Banco Central Europeu (BCE) notificou que o Banca Monte dei Paschi di Siena deverá reduzir sua carteira de empréstimos inadimplentes em 40% até 2018.
Em dia de agenda esvaziada de indicadores, o único do dia não agradou o mercado. As encomendas à indústria da Alemanha ficaram estáveis em maio ante abril, no cálculo ajustado, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério de Economia do país. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo mensal de 0,8%.
Em um cenário de aversão ao risco, os juros de bônus considerados mais seguros, como os Bunds alemães, os Treasuries dos EUA, os Gilts britânicos e os JGBS do Japão, atingiram novas mínimas históricas hoje, em meio ao aumento da demanda diante da ansiedade causada pelo chamado "Brexit" e apostas de que grandes bancos centrais adotarão novas medidas de estímulos.
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