O petróleo opera em baixa na manhã desta sexta-feira (1), após mostrar ganhos moderados durante a madrugada, em meio a incertezas sobre o impacto do chamado "Brexit" na demanda futura pela commodity e em reação a indicadores fracos sobre a manufatura na China.
Por volta de 8h, o petróleo tipo Brent para setembro caía 0,64% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 49,39 por barril, enquanto o WTI para agosto recuava 0,62% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 48,04 por barril.
Analistas do Barclays dizem que a incerteza nos mercados financeiros criada pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, no plebiscito da semana passada, será prejudicial para a demanda por petróleo, que já vinha se enfraquecendo este ano.
"(O Brexit) acrescentou mais um prego ao caixão da demanda global por petróleo em 2016", comentou o banco britânico, em relatório divulgado hoje. "A trajetória dos preços do petróleo provavelmente acompanhará as incertezas políticas nos próximos meses."
O Barclays revisou sua projeção para o crescimento da demanda este ano, de 1,2 milhão para 1,1 milhão de barris por dia. Para 2017, a instituição também cortou sua previsão, de +1,3 milhão para +1,2 milhão de barris por dia.
Números decepcionantes sobre a atividade industrial chinesa também pressionam o petróleo. As últimas pesquisas de índice de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês), que utilizam diferentes metodologias, sugerem que a produção manufatureira na China está estagnada ou em contração.
Mais tarde, às 14h (de Brasília), os investidores vão acompanhar a pesquisa semanal da Baker Hughes sobre o número de plataformas e poços em operação nos EUA, que vem mostrando tendência de queda há vários meses.