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Política

- Publicada em 09 de Junho de 2016 às 19:33

'Cunha hegemoniza grupo que compõe gestão Temer'

Dilma Rousseff visitou obras do PAC

Dilma Rousseff visitou obras do PAC


ROVENA ROSA/ABR/JC
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), hegemoniza o grupo que compõe o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). A avaliação foi feita pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em entrevista veiculada pela TV Brasil na noite desta quinta-feira.
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), hegemoniza o grupo que compõe o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). A avaliação foi feita pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em entrevista veiculada pela TV Brasil na noite desta quinta-feira.
A petista fez uma análise retrospectiva dos seus dois mandatos, sob os pontos de vista político e econômico, e observou que houve uma guinada dos partidos de centro para a direita, movimento comandado por Cunha, então líder do PMDB, já na segunda parte do seu primeiro governo.
O processo culminou com a eleição de Cunha para comandar a Câmara em 2015, e o que ela chamou de 3º turno - citando, por exemplo, o questionamento à apuração dos votos nas urnas eletrônicas pelo candidato derrotado em 2014, senador Aécio Neves (PSDB).
Dilma voltou a dizer que o Cunha tentou chantagear o governo, ao ameaçar aceitar o pedido de abertura do processo de impeachment se o Planalto não garantisse três votos a favor dele no Conselho de Ética da Câmara. Também reiterou que é vítima de um golpe, que usa parcialmente a Constituição, já que não teria cometido crime de responsabilidade para sofrer o impeachment.
A presidente afastada sustentou que o mais grave são as consequências à democracia brasileira, "pois afeta não apenas os meus 54 milhões de votos, mas também os votos futuros" em eleições que estão por vir.
Dilma ainda criticou propostas de semi-parlamentarismo ou eleições indiretas em 2017, observando que o Legislativo é mais conservador do que o Executivo, por ter grande representatividade de interesses econômicos e de oligarquias regionais entre os parlamentares.
E defendeu que a consulta popular é "a única forma de lavar e enxaguar essa lambança que é o governo Temer". A petista ainda disse que iria propor um acordo com o empresariado e a população se derrubar o processo de impeachment no Senado.
E atacou a proposta de a Petrobras abrir mão de áreas do pré-sal para empresas estrangeiras, observando que a estatal já produz 1 milhão de barris/dia, e que as reservas já estão calculadas tanto em volume quanto na qualidade do petróleo.
Ainda na quinta-feira, Dilma viajou a Campinas (SP), onde visitou obras do acelerador de partículas Sirius, projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimento de
R$ 1,5 bilhão. Depois, passou por atos de manifestantes a favor e contra ela na frente do condomínio do engenheiro Rogério Cerqueira Leite, onde participou de almoço com intelectuais, como o escritor Fernando Morais, o ator e dramaturgo Zé Celso Martinez e os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano.
 
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