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Política

- Publicada em 02 de Junho de 2016 às 23:28

Medidas de Temer passam confiança, afirma Ibsen

Para Ibsen Pinheiro, primeiros atos geram expectativa positiva

Para Ibsen Pinheiro, primeiros atos geram expectativa positiva


FREDY VIEIRA/Arquivo/JC
Lívia Araújo
O deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB) foi recebido, nesta quinta-feira, pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) para um almoço no Palácio do Planalto. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o parlamentar gaúcho negou que tenha recebido convite de Temer para compor o governo e teceu considerações sobre os primeiros dias da gestão do colega peemedebista. Para Ibsen, o governo "já está produzindo um efeito no ânimo, especialmente dos setores empreendedores, porque passou a confiança de que despesas serão controladas".
O deputado estadual Ibsen Pinheiro (PMDB) foi recebido, nesta quinta-feira, pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) para um almoço no Palácio do Planalto. Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o parlamentar gaúcho negou que tenha recebido convite de Temer para compor o governo e teceu considerações sobre os primeiros dias da gestão do colega peemedebista. Para Ibsen, o governo "já está produzindo um efeito no ânimo, especialmente dos setores empreendedores, porque passou a confiança de que despesas serão controladas".
Jornal do Comércio - O presidente interino Temer fez algum convite para que o senhor integrasse o governo?
Ibsen Pinheiro - Foi apenas um convite para almoçarmos e conversarmos. Ele não fez convite nenhum. Temer me ligou na segunda-feira, pedindo para eu ir na quinta-feira. Se fosse para ocupar um posto, seria uma emergência. Foi uma conversa sobre o quadro, o partido, o governo e as perspectivas. Ele me pediu avaliações sobre o andamento do governo, desafios, ou seja, uma conversa perfeitamente previsível.
JC - E qual sua avaliação sobre esses temas?
Ibsen - Minha avaliação é, no que se refere à condução da política econômico-financeira, extremamente positiva. Já está produzindo um efeito no ânimo, especialmente dos setores empreendedores, porque passou a confiança de que despesas serão controladas, porque o orçamento, com a desvinculação (de Receita da União - DRU) contemplará as necessidades reais, e um quórum de aprovação também fortalece a ideia de que o governo terá os instrumentos para corrigir as distorções das contas públicas. Isso é muito positivo, e a gente sente nas comunidades uma espécie de alívio sobre controle de contas e a capacidade de investimentos. O resultado das providências concretas virá um pouco mais tarde, mas o resultado psicológico e anímico já se percebe agora nos primeiros dias.
JC - E no campo político? As mudanças constantes no ministério, pressão popular e áudios vazados não abalaram esses primeiros dias?
Ibsen - Há uma percepção de que a montagem do ministério teve duas vertentes: uma delas envolve a preservação da maioria parlamentar, o que não se faz sem negociação e sem concessões. Aí, a margem de erro tem que ser compartilhada não só pelo presidente, que nomeia, mas também pelas forças que propõem. É quase inevitável que se façam correções de rumo quando fatos novos surgem. A outra vertente é a técnico-financeira, que, liderada pelo ministro da Fazenda, envolve estatais importantíssimas, o Banco Central. Nisto, o presidente não fez concessões político-partidárias. Decidiu esses postos com critério de competência e formação na área. As duas vertentes são indispensáveis. O fato de haver uma gravação ou afetar uma imagem, isso é nada perto do que o Brasil tem vivido depois do mensalão e petrolão. São circunstâncias desagradáveis, mas não afetam a essência do governo. O importante é assegurar maioria para apreciar as medidas necessárias para recolocar orçamento, contas públicas e propostas estabilizadoras que são necessárias.
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