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Internacional

- Publicada em 02 de Junho de 2016 às 15:44

Keiko é favorita para o segundo turno

Ex-ministro da Economia, de direita, buscou apoio da esquerda para derrotar a filha de Alberto Fujimori

Ex-ministro da Economia, de direita, buscou apoio da esquerda para derrotar a filha de Alberto Fujimori


CRIS BOURONCLE/AFP/JC
A eleição presidencial peruana mais conturbada dos últimos anos terá seu desfecho neste domingo. Assim como no primeiro turno, a votação foi antecedida de protestos contra a candidata Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso desde 2007 e condenado a 25 anos por corrupção e delitos de lesa-humanidade.
A eleição presidencial peruana mais conturbada dos últimos anos terá seu desfecho neste domingo. Assim como no primeiro turno, a votação foi antecedida de protestos contra a candidata Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso desde 2007 e condenado a 25 anos por corrupção e delitos de lesa-humanidade.
Ainda assim, ela tem tudo para ser a sucessora de Ollanta Humala. Conforme a mais recente pesquisa do Instituto Ipsos, Keiko lidera a corrida eleitoral com 53,1% dos votos válidos, enquanto o ex-ministro da Economia Pedro Pablo Kuczynski (conhecido como PPK) tem 45,9%.
No primeiro turno, a representante da Força Popular obteve cerca de 39% dos votos, 10 pontos à frente do rival do partido Peruanos pela Mudança. Esperava-se, então, que a diferença diminuísse com o apoio dos candidatos derrotados, mas não foi o que aconteceu.
Nos últimos dias, PPK recebeu apoio da esquerda, antes hesitante quanto a suas propostas econômicas pró-mercado. A principal voz a se aliar foi a de Verónika Mendoza, socialista que ficou em terceiro lugar no primeiro turno.
"Queremos evitar que o fujimorismo volte. Votemos em PPK e vamos nos preparar para fazer uma oposição crítica a seu governo desde o primeiro dia", disse ela a seus eleitores. Verónika integrou a última marcha contra Keiko, junto a representantes de outras forças esquerdistas.
"O apoio da esquerda é importante para PPK, mas talvez esteja surgindo tarde demais. Keiko venceu os debates, fez uma campanha eficiente. Ainda é possível uma virada, mas não é tarefa fácil", afirma o analista Steven Levitsky, professor de Harvard e especialista em política peruana.
Bastante popular, a candidata fujimorista tem concentrado seus últimos dias de campanha em regiões andinas e amazônicas, onde vestiu roupas típicas e dançou em comícios. Sobre o apoio da esquerda a PPK, considera "uma hipocrisia", pois o candidato é "ultradireitista". O rival, por sua vez, moderou o discurso. "Não sou de direita, sou de centro e recebo com muita alegria os apoios da direita e da esquerda."
Quase 23 milhões de peruanos devem comparecer às urnas no domingo. O mandato presidencial dura cinco anos.
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