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- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 01:27

Ato em apoio a repórter preso reforça reação de jornalistas e estudantes

Estudantes, profissionais e professores participaram do ato que reforça a reação à arbitrariedade

Estudantes, profissionais e professores participaram do ato que reforça a reação à arbitrariedade


Patrícia Comunello/Especial/JC
"O crachá que carregamos não nos separa, só agrega", provocou o coordenador de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da Pucrs, Fábian Chelkanoff Thier, e na sequência ditou a hastag #Ésóocomeço da pauta que já une estudantes, professores e profissionais contra abusos e arbitrariedades, como a recente prisão do repórter Matheus Chaparini, do jornal JÁ, em Porto Alegre, quando cobria a ocupação do prédio da Secretaria Estadual da Fazenda por estudantes secundaristas. A manifestação ocorreu nesta terça-feira (28) na Famecos.
"O crachá que carregamos não nos separa, só agrega", provocou o coordenador de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da Pucrs, Fábian Chelkanoff Thier, e na sequência ditou a hastag #Ésóocomeço da pauta que já une estudantes, professores e profissionais contra abusos e arbitrariedades, como a recente prisão do repórter Matheus Chaparini, do jornal JÁ, em Porto Alegre, quando cobria a ocupação do prédio da Secretaria Estadual da Fazenda por estudantes secundaristas. A manifestação ocorreu nesta terça-feira (28) na Famecos.
Foi a segunda iniciativa de protesto dos jornalistas desde a prisão. Em 17 de junho, um ato em frente ao Palácio Piratini exigiu a anistia ao repórter.  
Outras hastag já despontam nas redes sociais, após o ato da noite desta terça-feira (28) no prédio da Famecos, como #‎JornalismoLivre e #‎JornalistasSemGrades. A mobilização segue a reação, que começou logo após a prisão de Chaparini, levado pela BM ao Presídio Central em 15 de junho, e que agora responde por seis crimes. O repórter está em liberdade provisória.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Augusto Schröder, condenou a prisão no "pior presídio do País" e lembrou que desde a ditadura poucas vezes jornalistas foram colocados no Central. Em 1987, havia ocorrido o último caso, com a prisão do repórter do Jornal do Comércio Alfredo Daudt.
"É uma ação intimidadora para além dos jornalistas do Rio Grande do Sul. Crescem os casos de arbitrariedade contra profissionais", pontuou Schröder. "A reação tem de ser do tamanho da ação: nefasta", resumiu o presidente da Fenaj.
O diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Träsel, declarou apoio da entidade a Chaparini e citou que, desde 2013, 80% das agressões a repórteres e em manifestações são praticadas por policiais. "Quando deveriam garantir que os profissionais façam seu trabalho. Nosso apoio total ao Matheus."
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Uma das medidas que já está sendo encaminhada é o pedido de audiência com o governador José Ivo Sartori (PMDB). As entidades vão exigir que o procedimento contra Chaparini seja extinto. "Vamos sair deste ato e fazer o pedido oficial de audiência. Não queremos brigar, queremos que ele nos ouça", afirmou o coordenador de Jornalismo da Famecos.
O jornalista, professor da faculdade e colunista do Correio do Povo, Juremir Machado da Silva, foi direto: "O governador deve pedido de desculpas, ele precisa se manifestar." No ato na faculdade, o editor do Jornal JÁ, Elmar Bones, e Chaparini estiveram presentes e relataram como está a situação na Polícia Civil, que fez os indiciamentos em seis crimes contra o repórter.
"Agradeço o apoio de vocês. Atos como esse são importantes, pois não podemos nos calar e que nos tirem o direito de exercer a profissão", demarcou o jornalista. A integrante do Centro Acadêmico Arlindo Pasqualini (CAAP), da Famecos, Joana Berwanger reforçou a preocupação com a ação dos órgãos de segurança e lembrou "que o que aconteceu com ele (Chaparini) poderia ter ocorrido com qualquer um de nós".
O advogado Rodrigo Rosa, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RS, garantiu que a entidade está ao lado dos jornalistas e admitiu a preocupação que o Estado legitime a atitude dos policiais. "O ato dos policiais jogando spray de pimenta nos alunos só tem uma palavra: é tortura. Não pode um estado democrático de direito ocorrer este tipo de situação. Não vamos tolerar estas situações", reforçou Rosa.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors), Milton Simas, relatou que, durante a tarde, a entidade se reuniu com o presidente da OAB-RS, Ricardo Breier. Simas também informou que o sindicato está alcançando assessoria jurídica desde o momento da prisão do jornalista.    
No Senado, em Brasília, o gaúcho Paulo Paim (PT) leu manifesto enviado pelo sindicato denunciando a prisão de Chaparini e a arbitrariedade da conduta da BM e de órgãos de segurança. "Aplicar a força física não condiz com o respeito ao ser humano. a prisão de um jornalista mostra um tratamento a quem busca informar a população, a tentativa de inibir a cobertura", discursou Paim, lendo o documento. 
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