Foi sucinta a resposta da Tractebel quanto à posição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que negou à empresa a revogação da autorização da termelétrica a carvão de Charqueadas. "A Tractebel demonstra surpresa com a decisão da Aneel e aguarda a publicação oficial para examinar em detalhes e tomar as providências que se fizerem necessárias", afirma o diretor de Geração da companhia, José Laydner.
O grupo pretendia finalizar a operação da usina no dia 31 de agosto, devido à idade avançada do complexo e por não proporcionar retorno financeiro. Entretanto, de acordo com a deliberação do órgão regulador do setor elétrico, o empreendimento só poderá ser desligado definitivamente a partir de 1 de janeiro de 2017. No voto do processo, assinado pelo diretor da Aneel José Jurhosa Junior, a explicação para o desfecho é que "se faz necessário conferir previsibilidade sobre a programação e o planejamento energético setorial, além de garantir o compromisso de compra mínima de carvão firmado para o ano de 2016".
Por enquanto, a térmica seguirá em funcionamento com uma potência instalada de 36 MW (cerca de 1% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul).
Se não houve alteração quanto ao funcionamento da usina, a Tractebel teve mudanças na sua diretoria. Nessa quinta-feira, o economista Eduardo Sattamini tomou posse como novo diretor presidente, no lugar do engenheiro Manoel Zaroni, e Laydner foi empossado oficialmente como diretor de Geração.