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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 14:42

Desemprego cai na Capital e na Região Metropolitana

Indústria absorveu 12 mil novos empregados em maio, mostra a PED

Indústria absorveu 12 mil novos empregados em maio, mostra a PED


AFP/JC
Adriana Lampert
A taxa de desemprego caiu de 10,5% em abril para 10,2% em maio na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), e houve aumento da ocupação em todos os setores da economia. A indústria de transformação absorveu 12 mil novos empregados (4,5%) - mesmo número registrado no setor de serviços, que teve alta de 1,2% frente ao mês anterior; enquanto a construção respondeu por mais 6 mil ocupados (crescimento de 5,2%); e os segmentos de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas ampliaram em 1,3% na quantidade de trabalhadores (com mais 4 mil pessoas ocupadas). No total, foram menos 3 mil pessoas em busca de ocupação (198 mil em abril), totalizando 195 mil desempregados em maio.
A taxa de desemprego caiu de 10,5% em abril para 10,2% em maio na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), e houve aumento da ocupação em todos os setores da economia. A indústria de transformação absorveu 12 mil novos empregados (4,5%) - mesmo número registrado no setor de serviços, que teve alta de 1,2% frente ao mês anterior; enquanto a construção respondeu por mais 6 mil ocupados (crescimento de 5,2%); e os segmentos de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas ampliaram em 1,3% na quantidade de trabalhadores (com mais 4 mil pessoas ocupadas). No total, foram menos 3 mil pessoas em busca de ocupação (198 mil em abril), totalizando 195 mil desempregados em maio.
Mas ainda não dá para dizer que o pior já passou, afirma a coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA) pela Fundação de Economia Estatística (FEE), Iracema Castelo Branco. "Apesar do aumento da ocupação em maio, o cenário de deterioração do mercado de trabalho se mantém, com retração do emprego em 4,8% frente ao mesmo período de 2015 - a maior queda da taxa registrada em maio desde 1992", explica. Segundo Iracema, os resultados se mantiveram "levemente recuados" em maio, devido à elevação do nível ocupacional - que foi de mais 35 mil trabalhadores (ou 2,1%) - ter superado o volume de ingresso de pessoas no mercado, registrado em 32 mil (ou 1,7%).
Iracema destaca que é preciso cautela ao observar este resultado, antes de se afirmar que o mesmo represente um indicativo de retomada do crescimento econômico. A estatística lembra que, em 2015, o segundo semestre foi pior do que o primeiro, o que, até então, era incomum. Para embasar este pensamento, basta observar a pesquisa completa, que aponta que o nível de renda dos trabalhadores continua negativo, com redução do salário médio de -1,2% para o total de ocupados, -2,7% para trabalhadores autônomos e -0,3% para assalariados. Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.932,00, R$ 1.701,00 e R$ 1.849,00, respectivamente.
O resultado é uma massa salarial 16,8% menor que em maio do ano passado. "Com menos recursos, fica difícil acreditar que ocorra uma retomada de consumo, a exemplo do último ciclo de crescimento econômico do País, e que estas taxas se mantenham estáveis a longo período." Frente a maio de 2015, houve redução de 86 mil ocupados - sendo que apenas a construção civil obteve crescimento da variação do nível de emprego no acumulado do ano. Na avaliação de Iracema, entre a estabilidade e o crescimento da atividade econômica ainda haverá um "longo período".
A PED é realizada há 24 anos e apresenta dados (obtidos em 250 mil domicílios por mês) que monitoram o cenário do mercado de trabalho de cada região. "Poucas pesquisas no País possibilitam esse recorte de análise que a pesquisa da PED proporciona", indica Iracema, ao destacar o registro da retração do nível de renda das famílias que vem ocorrendo há alguns meses. Atualmente, a continuidade da pesquisa está ameaçada por conta do final de convênio com o Ministério do Trabalho, sem que o governo federal tenha sinalizado certificação de que manterá o orçamento (de R$ 1 milhão/ano) destinado para sua realização. "Este valor é fundamental para que seja realizado em campo", explica a Coordenadora Técnica do Sistema PED, Lúcia Garcia.
Segundo Lúcia, uma delegação da Fundação Gaúcha do Trabalho (Fgtas) esteve ontem em Brasília para resolver esta questão. Desde 1993, o governo federal destina recursos para apoiar a PED, para compor o Sistema Público de Emprego. "Todas as políticas públicas (como seguro-desemprego, piso regional e Programa Primeiro Emprego, entre outras) que o trabalhador enxerga no balcão do Sine se estende à pesquisa."
 
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