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Consumo

- Publicada em 14 de Junho de 2016 às 19:01

Vendas no varejo têm alta de 0,5% em abril

 Filas normais na rede Nacional (Wallmart).    Walmart anunciou hoje que vai fechar no prazo de 30 dias algumas unidades do supermercado Nacional no Estado.

Filas normais na rede Nacional (Wallmart). Walmart anunciou hoje que vai fechar no prazo de 30 dias algumas unidades do supermercado Nacional no Estado.


GILMAR LUÍS/JC
As vendas do comércio varejista subiram 0,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE, ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Na comparação com abril de 2015, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 6,7% em abril de 2016.
As vendas do comércio varejista subiram 0,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE, ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Na comparação com abril de 2015, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 6,7% em abril de 2016.
As vendas do varejo restrito acumulam retração de 6,9% no ano e de 6,1% em 12 meses. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2015, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 9,1% em abril de 2016. Nesse confronto, as projeções variavam de retração de 4,30% a 10,80%, com mediana negativa de 8,50%. Até abril, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 9,3% no ano e recuo de 9,7% em 12 meses.
A alta de 0,5% nas vendas do comércio varejista foi verificada em três das oito atividades pesquisadas. A de supermercados e hipermercados foi o destaque, com alta de 1,0% na margem, revertendo a queda de 1,4% vista em março ante fevereiro. Os supermercados representam cerca de 50% das vendas do varejo restrito. Segundo a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, a estabilização da inflação de alimentos na passagem de março para abril ajuda a explicar o desempenho do setor supermercadista. "Num primeiro momento (de aceleração da inflação), a família se adapta", lembrou Isabella, destacando que, em seguida, as famílias voltam a consumir.
O segmento de tecidos e vestuário também avançou 3,7% em abril na margem, revertendo a queda de 4,7% em março ante fevereiro. Além desse, a outra atividade a ficar no azul foi "outros artigos de uso pessoal e doméstico", que contempla o comércio eletrônico e as lojas de departamento, com alta de 2,8% em abril ante março, contra queda de 1,9% em março contra fevereiro.
No varejo ampliado, a queda de 1,4% em abril ante março se explica por causa do desempenho negativo das vendas dos segmentos de veículos (-6,6%) e material de construção (-4,0%). A queda na margem na atividade varejista de veículos é a maior desde dezembro de 2014, quando foi de 10,2%, informou o IBGE.
Regionalmente, no comércio varejista, das 27 unidades da federação, 17 apresentaram variações positivas no volume de vendas. Os estados com maiores avanços foram Sergipe (6,3%); Amapá (3,5%) e Paraná (2,9%). Minas Gerais ficou estável neste tipo de comparação, enquanto Rondônia (-3,7%), Bahia (-1,8%) e Amazonas (-1,6%) registraram as maiores taxas no campo negativo.
Na comparação com abril de 2015, a redução do volume de vendas no varejo alcançou 26 das 27 unidades da federação. Roraima, com taxa de 0,1%, praticamente ficou estável. Os destaques, em termos de magnitude de taxa, foram Amapá (-15,1%); Rondônia (-14,7%); Amazonas (-14,3%), Distrito Federal (-13,8%) e Bahia (13,1%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se, pela ordem São Paulo (-6,8%), Rio de Janeiro (-5,7%); Rio Grande do Sul (-9,4%) e Bahia (-12,2%).

Mastercard aponta recuo de 4,4% no setor em maio; e-commerce é destaque

As vendas do varejo apresentaram retração de 4,4% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento mensal elaborado pela Mastercard. O resultado negativo foi pressionado pela queda de 7,1% nas vendas da semana do Dia das Mães, a segunda data mais importante do ano para o varejo brasileiro. Na análise por segmento, o destaque negativo ficou por conta da retração de 5,5% das vendas dos supermercados, aponta o relatório SpendingPulse.
"Os supermercados foram influenciados pelo aumento do preço das commodities, como milho e soja, bem como os preços da carne de boi e frango", explica em nota o diretor de pesquisa econômica da Mastercard Advisors, Kamalesh Rao. O preço dos grãos reflete no custo dos criadores de animais e, consequentemente, no poder de compra por parte dos consumidores.
De acordo com o levantamento, o ritmo de vendas piorou nos segmentos de vestuário, combustível, móveis e eletrodomésticos durante o mês de maio. O desempenho do varejo especializado em móveis e eletrodomésticos, por exemplo, tem relação direta com a disponibilidade e o custo do crédito, variável considerada neste momento um dos entraves para a retomada da economia brasileira. Apenas na semana do Dia das Mães, a venda do segmento encolheu 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
O destaque positivo no mês de maio ficou por conta do e-commerce, com alta de 3,7% em relação a igual período do ano anterior, segundo a Mastercard. Os números do relatório
SpendingPulse, alerta a empresa, não têm qualquer relação com o desempenho operacional ou financeira da própria Mastercard, embora seja baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos da companhia.
Apesar de o indicador do varejo ainda demonstrar um cenário mais adverso do que aquele registrado na primeira metade do ano passado, os números de maio sugerem desaceleração na trajetória de queda. Isso porque a retração no trimestre de março a maio, de 4,2%, foi menor do que a queda de 5,3% registrada no primeiro trimestre do ano, sempre na comparação com o mesmo período de 2015. "O ambiente econômico permanece desafiador, com o aumento do desemprego e fraco crescimento dos salários", diz Rao.