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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2016 às 08:55

Cautela com Brexit e bancos centrais pesa nas bolsas asiáticas, mas China avança

Agência Estado
A maior parte das bolsas asiáticas fechou em queda nesta terça-feira (14), com exceção da China - em meio a continuidade de temores com a possibilidade da saída do Reino Unido da União Europeia e cautela antes de reuniões importantes de bancos centrais ao redor do mundo.
A maior parte das bolsas asiáticas fechou em queda nesta terça-feira (14), com exceção da China - em meio a continuidade de temores com a possibilidade da saída do Reino Unido da União Europeia e cautela antes de reuniões importantes de bancos centrais ao redor do mundo.
Na China, porém, a bolsa de Xangai e o índice Shenzhen fecharam ambos em alta de 0,3%, na expectativa de que o MSCI irá acrescentar as ações chinesas classe A (listadas em Xangai e com limites à posse por estrangeiros) ao seu índice de ações emergentes, o MSCI Emerging Markets Index.
Apesar de o clima ser menos pior do que o observado ontem, o mau humor ainda prevaleceu na Ásia. Mais três pesquisas apontaram que a maioria da população do Reino Unido é favorável a uma saída do país da União Europeia (ação conhecida como "Brexit"), o que tem gerado preocupação entre os investidores mundo afora sobre o futuro do bloco. Além disso, o jornal The Sun, o mais vendido do país, também se mostrou a favor de uma saída do bloco.
Além disso, o mercado aguarda com cautela a reunião de três bancos centrais importantes. Nesta terça-feira, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) dá início a sua reunião de política monetária de dois dias. Amanhã, é a vez do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) iniciar os trabalhos. A decisão do Fed sai na quarta-feira e a do BoJ na quinta-feira, mesmo dia em que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anuncia a sua decisão. Nenhum dos bancos é esperado para aumentar os juros, o que penalizou as ações de financeiras. Mas as decisões seguem no foco dos investidores, que aguardam por pistas para saber quando os juros deverão subir nos EUA e se mais estímulos estão no radar do Japão e do Reino Unido.
Em meio a isto, o Nikkei, índice que reúne as empresas mais negociadas na capital do Japão, caiu 1,00%, a 15.859,00 pontos, após recuar 3,5% no pregão de segunda-feira. O iene fortalecido também pesou nas empresas exportadoras.
Em Sidney, na Oceania, o australiano S&P/ASX 200 fechou em queda de 2,06%, a 5.203,23 pontos, em sua queda mais acentuada desde 24 de fevereiro, diante de preocupações com um "Brexit".
Outros mercados pequenos também se firmaram na baixa. O índice sul-coreano Kospi teve perda de 0,36% em Seul, a 1.955,25 pontos e o filipino PSEi caiu 1,25% em Manila, a 7.460,12 pontos. Por outro lado, o Taiex subiu 0,47% em Taiwan, a 8.576,12 pontos.
Na China, o clima foi positivo. Por lá, o índice Xangai, principal índice acionário da China, se recuperou ligeiramente da queda de 3,2% na segunda-feira, e fechou em alta de 0,3%, a 2.842,19 pontos. Os investidores estavam à espera de uma decisão do índice Morgan Stanley Capital International, ou MSCI, sobre a possibilidade de incluir as ações chinesas listadas, as chamadas classe A, no seu índice de ações emergentes. O menos abrangente Shenzhen Composto também subiu 0,3%, a 1.832,63 pontos. O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, caiu 0,61%, a 20.387,53 pontos.
No ano passado, as ações chinesas haviam subido ao maior nível de vários anos na esperança que o MSCI incluísse as ações em seus índices. No entanto, os rumores não se concretizaram e deu início para uma onda de vendas acentuada durante meses. O mercado de ações classe A até hoje não se recuperou, com as ações listadas em Xangai 45% abaixo de seu pico do ano passado. Acrescentado as ações chinesas ao índice, este monitoraria cerca de US$ 1,7 trilhão em ativos, o que poderia levar dezenas de bilhões de dólares ao mercado de ações da China, num momento em que a economia do país desacelera.
Embora os investidores tenham se lançado brevemente em um frenesi de compra de ações classe A no final de maio em meio a especulações de que desta vez o MSCI poderia incluí-las em seu índice, os investidores parecem estar conscientes dos eventos do ano passado e os ganhos foram limitados, disse Zhu Bin, analista da Southwest Securities. "A julgar pelo tom dos comentários recentes de autoridades do MSCI, os investidores estão preocupados que a inclusão pode não acontecer", acrescentou.
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