Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 01 de Junho de 2016 às 21:52

Leilão de índices não registra interessados

Oferta inclui 31 mil metros quadrados em 16 bairros da Capital

Oferta inclui 31 mil metros quadrados em 16 bairros da Capital


ANTONIO PAZ/JC
Luiz Eduardo Kochhann
O primeiro dia de leilão de índices construtivos, realizado ontem pela prefeitura de Porto Alegre, terminou zerado. No total, a expectativa era arrecadar R$ 77 milhões, mas os certames não tiveram interessados. Hoje, duas novas rodadas acontecem com a intenção de obter R$ 42 milhões. O processo estava programado para um mês atrás, mas foi adiado para 1 e 2 de junho para que a Secretaria Municipal da Fazenda desse explicações sobre o reajuste no valor cobrado, contestado por membros do Conselho do Plano Diretor.
O primeiro dia de leilão de índices construtivos, realizado ontem pela prefeitura de Porto Alegre, terminou zerado. No total, a expectativa era arrecadar R$ 77 milhões, mas os certames não tiveram interessados. Hoje, duas novas rodadas acontecem com a intenção de obter R$ 42 milhões. O processo estava programado para um mês atrás, mas foi adiado para 1 e 2 de junho para que a Secretaria Municipal da Fazenda desse explicações sobre o reajuste no valor cobrado, contestado por membros do Conselho do Plano Diretor.
Para a supervisora da Assessoria Especial de Aquisições e Alienações da Secretaria Municipal da Fazenda, Maria Alice Michelucci, o resultado reflete a situação do mercado da construção civil no País. "Como o leilão permite a aplicação dos índices em 10 anos, é preciso que as empresas tenham um planejamento de longo prazo, mas a situação econômica, com reflexos sobre o setor, as colocou em compasso de espera", explica. Mesmo assim, Maria Alice acredita que possa haver ofertas hoje. "Temos recebido consultas sobre o procedimento. Como o leilão é feito em sistema fechado, os empresários podem estar esperando para ver como está a procura", projeta.
Estão sendo ofertados 31 mil metros quadrados do potencial construtivo de Solo Criado nas macrozonas 1, 2, 3, 4 e 5, englobando 16 bairros da cidade. No início do mês passado, o titular da Fazenda, Jorge Tonetto, já havia adiantado a possibilidade de uma arrecadação abaixo dos R$ 10 milhões devido a mudanças no Plano Diretor, aprovadas na Câmara dos Vereadores, permitindo a compra em balcão, mais barata, no entorno da Terceira Perimetral, além das dificuldades do setor.
Independentemente do resultado de hoje, a prefeitura deve insistir na realização de um novo leilão no segundo semestre, assim como outros dois em 2017.
Por outro lado, alguns integrantes do Conselho do Plano Diretor culpam o reajuste no valor dos índices, que consideram abusivo frente ao momento do mercado, pelo esvaziamento dos leilões. Segundo o representante do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado (Sinduscon-RS), Sérgio Koren, a alta chega a 30% em determinadas regiões. Recentemente, um grupo de estudos foi constituído no conselho, com o objetivo de propor uma nova metodologia do cálculo. A prefeitura alega que a metodologia existe desde 2000, foi aprovada pelo próprio conselho e leva em conta dados de mercado. Mas o próprio secretário Tonetto defende um reajuste bianual por meio do IPCA.
"Há um desvio de finalidade por parte da prefeitura, pois um instrumento de planejamento urbanístico, que é o Solo Criado, está sendo usado como mecanismo de arrecadação", afirma o vice-presidente do Sinduscon, Aquiles Dal Molin Júnior. Conforme Dal Molin, há um descompasso entre o valor do metro quadrado dos imóveis, que teria se estabilizado, e o reajuste proposto. "As empresas querem comprar, tem demanda. Mas não estão comprando porque, com este valor, não conseguem viabilizar as incorporações. Além disso, o reajuste tem que passar pela aprovação do conselho e não passou", reitera Dal Molin.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO