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JC Logística

- Publicada em 30 de Junho de 2016 às 20:58

Contra ociosidade, Ford une linhas de produção

Queda na comercialização do setor forçou a redução de unidades fabricadas e gerou excedentes de mão de obra em todos os tipos de veículos

Queda na comercialização do setor forçou a redução de unidades fabricadas e gerou excedentes de mão de obra em todos os tipos de veículos


FORD/DIVULGAÇÃO/JC
Em razão da alta ociosidade de suas fábricas, a Ford brasileira fará uma sinergia na mão de obra das linhas de produção de automóveis e de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que sempre operaram com equipes independentes. Com a junção de atividades, a empresa alega que ficará com 850 trabalhadores excedentes, de um total de 4,5 mil. Segundo a companhia, com a otimização e a sinergia da mão de obra, o mesmo grupo de empregados irá trabalhar nas duas linhas em dias alternados.
Em razão da alta ociosidade de suas fábricas, a Ford brasileira fará uma sinergia na mão de obra das linhas de produção de automóveis e de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que sempre operaram com equipes independentes. Com a junção de atividades, a empresa alega que ficará com 850 trabalhadores excedentes, de um total de 4,5 mil. Segundo a companhia, com a otimização e a sinergia da mão de obra, o mesmo grupo de empregados irá trabalhar nas duas linhas em dias alternados.
Para evitar demissões aleatórias, a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC acertaram um acordo que prevê a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para 400 trabalhadores (300 da produção e 100 do administrativo), voltado principalmente para os funcionários já aposentados. Os outros 450 excedentes terão os contratos suspensos, no chamado lay-off, por período inicial de cinco meses, mas com possibilidade de prorrogação.
Nesse programa, parte dos salários dos trabalhadores é paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Outra medida aprovada pelos trabalhadores é a prorrogação, por três meses, do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) para cerca de 3 mil operários. Adotado em janeiro, o PPE em vigor venceria na quarta-feira. O programa permite a redução de jornada e salários - cuja parcela também é bancada pelo FAT.
De julho a setembro, os funcionários dos setores de carros (atualmente a fábrica produz apenas o modelo Fiesta) e de caminhões passarão por treinamento específico para atuar nas duas linhas de montagem. "Foi um processo longo, de quase três meses de negociação", disse, em nota, o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Rafael Marques.
"Com o acordo, conseguimos tirar o fantasma das demissões sumárias que pairava sobre a fábrica", diz Marques. Inicialmente, o sindicato havia sido informado de que a fábrica teria 1.110 excedentes. "O acordo vai dar conta de gerir o excedente nesse cenário de crise econômica, que tem impactado profundamente o setor automotivo, preservando os empregos e abrindo espaço para a discussão do futuro da planta", afirmou Marques.
A Ford informou que as medidas serão adotadas "em razão da contínua deterioração das condições de negócios e consequente redução dos volumes de vendas e produção". As vendas totais de caminhões caíram 31,2% de janeiro a maio ante igual período de 2015, para 21,3 mil unidades. As de automóveis e comerciais leves tiveram recuo de 26,4%, para 785,6 mil unidades no mesmo período, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A Ford é a segunda montadora a anunciar que não vai renovar o PPE, nesse caso, a partir de outubro. A Mercedes-Benz, outra fabricante de caminhões no ABC paulista, suspendeu o programa no fim de maio, após nove meses de adesão. Como afirma ter 2 mil funcionários excedentes (20% do seu efetivo), a empresa abriu um PDV e mantém 1,8 mil trabalhadores em licença remunerada.
Segundo a Anfavea, até o fim de maio, o setor automotivo contabilizava 6 mil funcionários em lay-off e 29,6 mil no PPE, trabalhando um dia a menos por semana. A montadora chinesa Chery e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos também confirmaram um acordo, anunciado na semana passada, de lay-off por cinco meses para 180 dos 400 funcionários da fábrica de Jacareí (SP).
Desde segunda-feira desta semana, toda a produção será suspensa, até o início de dezembro. Durante este período, permanecerão na fábrica apenas os funcionários dos setores de administração e de manutenção. Além de possuir estoques suficientes dos dois modelos fabricados na unidade, o Celer e o QQ, a empresa chinesa alega a necessidade de preparar a linha de montagem para o início da produção do utilitário-esportivo Tiggo, atualmente importado do Uruguai.
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