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JC Logística

- Publicada em 16 de Junho de 2016 às 20:51

Volks estuda vender ativos para se recuperar de escândalo

Matthias Mueller está alterando a estratégia para melhorar a imagem da empresa

Matthias Mueller está alterando a estratégia para melhorar a imagem da empresa


ODD ANDERSEN/AFP/JC
A montadora Volkswagen estuda "empacotar" seus negócios de componentes e revisar seu portfólio em uma possível venda de ativos, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. O objetivo é ajudar a empresa a se recuperar dos efeitos financeiros causados pela pior crise da história da companhia, provocada pelo escândalo falsificação dos índices de emissões poluentes.
A montadora Volkswagen estuda "empacotar" seus negócios de componentes e revisar seu portfólio em uma possível venda de ativos, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. O objetivo é ajudar a empresa a se recuperar dos efeitos financeiros causados pela pior crise da história da companhia, provocada pelo escândalo falsificação dos índices de emissões poluentes.
O presidente da Volkswagen, Matthias Mueller, estaria revisando a estratégia de negócios da companhia, que passaria por recuar da filosofia de "crescimento a qualquer custo" e apostar no compartilhamento de veículos e no desenvolvimento de automóveis elétricos.
A revisão vai abranger as 12 marcas da Volks (Volkswagen, Seat, Audi, Porsche, Skoda, entre outras) e negócios como motores para embarcações, enquanto a fabricação de componentes seria reunida em uma só entidade, afirma a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com as mudanças.
Na semana passada, a montadora alemã anunciou o projeto de lançamento de mais de 30 modelos de carros elétricos nos próximos 10 anos, em uma tentativa de posicionar a montadora como líder dos transportes ecológicos.
A multinacional alemã informou também que pretende fabricar "de dois a três milhões entre mais de 30 modelos de carros totalmente elétricos". De acordo com a montadora, os modelos elétricos devem representar em 2025 "de 20% a 25% das vendas mundiais do grupo".
Com essas mudanças, a Volks pretende "transformar sua atividade principal no setor automobilístico ou, para dizer de outro modo, fazer um realinhamento fundamental para preparar-se a uma nova era de mobilidade", afirmou Mueller, ao apresentar a nova estratégia do grupo.
Durante os três primeiros meses do ano, o grupo registrou um lucro líquido atribuído de 2,306 bilhões, valor 20,1% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. As vendas da Volkswagen caíram 1,2% no primeiro trimestre e totalizaram 2,57 milhões de veículos, enquanto o faturamento registrou queda de 3%, para 51 bilhões.
A Volkswagen também divulgou perda recorde no ano passado, após separar 16,2 bilhões para cobrir os custos do escândalo da falsificação dos índices de emissões de seus veículos. Os resultados trimestrais publicados na semana passada não incluem mais provisões para o escândalo.
A crise começou em setembro do ano passado, quando a Volkswagen admitiu ter instalado um software manipulador em 11 milhões de veículos diesel distribuídos em todo o mundo. O sistema é capaz de detectar quanto um carro está sendo testado em laboratório e de reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio, um poluente associado a problemas de saúde.
As autoridades regulatórias dos Estados Unidos verificaram que as emissões de poluentes dos carros da Volks nas ruas são até 40 vezes maiores do que as demonstradas em testes. A Volkswagen controla também as marcas Audi e Porsche, e a Seat e Skoda, na Europa.
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