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Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Junho de 2016 às 10:01

Uma troca de cultura

Iniciativa atinge alunos de escolas públicas e cidadãos de baixa renda

Iniciativa atinge alunos de escolas públicas e cidadãos de baixa renda


VICTOR MARCHESINI/DIVULGAÇÃO/JC
Nicole Feijó
Agora, alunos de escolas públicas e pessoas de baixa renda vão ter um incentivo a mais para ampliar as suas consciências culturais. Isso porque um projeto que já está por todas as regiões do Brasil chega à Capital gaúcha e Região Metropolitana. A iniciativa Eu Faço Cultura disponibiliza diferentes produtos culturais para pessoas que não tem acesso. Ingressos de cinema, shows, peças teatrais, espetáculos, livros, CDs e DVDs são oferecidos através de um portal eletrônico.
Agora, alunos de escolas públicas e pessoas de baixa renda vão ter um incentivo a mais para ampliar as suas consciências culturais. Isso porque um projeto que já está por todas as regiões do Brasil chega à Capital gaúcha e Região Metropolitana. A iniciativa Eu Faço Cultura disponibiliza diferentes produtos culturais para pessoas que não tem acesso. Ingressos de cinema, shows, peças teatrais, espetáculos, livros, CDs e DVDs são oferecidos através de um portal eletrônico.
Além dos estudantes, entre os beneficiários estão pessoas cadastradas em programas do governo, microempreendedores (MEIs) e organizações sem fins lucrativos. Com a intenção de unir produtores culturais a quem precisa, o projeto acontece on-line através do site www.eufaçocultura.com. Os fornecedores que desejam oferecer espetáculos ou ingressos devem se cadastrar como produtores e também cada produto individualmente. O mesmo acontece com as instituições, que devem registrar os seus potenciais beneficiários no site do projeto e, depois de aprovados, podem retirar dois produtos por pessoa dentro do período de um ano. Hoje, o Eu Faço Cultura atinge cerca de 200 mil pessoas em todo o País.
A democratização de diferentes produtos culturais é realizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenai). Através da captação de 6% do Imposto de Renda de funcionários da Caixa Econômica Federal e do apoio da Caixa Seguradora e PAR Corretora de Seguros, o Movimento Cultural do Pessoal da Caixa (MCPC) compra os ingressos dos produtores cadastrados para diversas plataformas culturais.
Um dos pontos fortes da iniciativa é unir pequenos produtores, que não conseguem aprovar projetos através da Lei Roaunet, e pessoas que não têm condições de acesso a eventos culturais. "Ao adquirir os ingressos, estamos viabilizando a realização daquele espetáculo e, além disso, pessoas que nunca foram ao teatro, por exemplo, tem a oportunidade de ir pela primeira vez", explica Moacir Carneiro, diretor sociocultural da Fenae.
Atuante desde 2006, o Eu Faço Cultura já trabalhou em três formatos diferentes. Inicialmente promoviam uma semana de oficinas culturais que culminava em uma apresentação instrumental regional e uma de música popular brasileira, como Nando Reis, Frejat, Seu Jorge, Lulu Santos, Monobloco e Rita Lee. Até 2012, eles realizavam essas ações em diferentes cidades. O segundo modelo de ação foi a Rua Cultural, que levava oficinas a comunidades carentes. As atividades de instrumentos de percussão, artes plásticas e fotografia, junto a apresentações de dança, circo, teatro e cinema duravam um dia. Esse formato permaneceu durante um ano, de 2014 a 2015. Porto Alegre e Novo Hamburgo foram as cidades gaúchas que receberam a Rua Cultural. O último e atual modelo é o de distribuição de produtos culturais pela plataforma on-line.
Os primeiros estados instituídos no projeto foram São Paulo e Rio de Janeiro, além da capital Brasília. No Rio Grande do Sul, o EFC disponibiliza ingressos de cinema da rede Cinemark no Bourbon Ipiranga, BarraShoppingSul e Canoas Shopping. Carneiro garante que o MCPC espera adquirir espetáculos de outras naturezas realizados no Estado, como, por exemplo, o teatro. "Contamos com a divulgação da iniciativa para atrair produtores gaúchos que desejam oferecer suas produções." No resto do País, as peças teatrais são as opções que fazem mais sucesso entre os beneficiários. A ONG de Nazaré, atuante na cidade de São Paulo, é um desses exemplos. Através do Eu Faço Cultura, no ano passado, levaram cerca de 200 crianças que não conheciam o teatro para assistir à peça Peter Pan e Chapeuzinho Vermelho. "Contemplar o sorriso das crianças vendo um personagem que já conheciam das histórias contadas pelas famílias é algo que não tem preço", conta Domingos Batista dos Santos, presidente da organização.
A novidade do projeto é a inclusão de livros considerados clássicos da literatura brasileira. Junto à Livraria Cultura, o Eu Faço Cultura disponibiliza obras que estão inclusas nos vestibulares pelo País, como o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O objetivo é oferecer os títulos exigidos aos alunos que prestarão a prova e que não têm acesso aos livros.
A campanha de captação de recursos para o ano que vem acaba de ser lançada. Até este momento, 519 funcionários da Caixa já realizaram doações, sendo arrecadados R$ 300,00 de cada um. A expectativa é que, até dezembro, sejam captados de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões, somando contribuições de pessoas físicas e apoiadores. Os valores dos produtos adquiridos variam de R$ 50,00 a R$ 100,00.
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