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Política

- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 22:07

Manifestantes fazem protesto contra Michel Temer em São Paulo

Milhares de manifestantes liderados pelo MTST protestaram contra Michel Temer em São Paulo ontem

Milhares de manifestantes liderados pelo MTST protestaram contra Michel Temer em São Paulo ontem


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Um grupo de cerca de 3 mil manifestantes liderados por movimentos sociais seguiu em passeata rumo à casa do presidente em exercício, Michel Temer, no Alto de Pinheiros. Os manifestantes se concentraram no Largo da Batata, há cerca de três quilômetros da residência do presidente desde as primeira horas desta tarde de domingo (22), onde os líderes discursaram e entoaram cantos e palavras de ordem contra o governo interino. Temer já retornou a Brasília. Eles decidiram acampar na região.
Um grupo de cerca de 3 mil manifestantes liderados por movimentos sociais seguiu em passeata rumo à casa do presidente em exercício, Michel Temer, no Alto de Pinheiros. Os manifestantes se concentraram no Largo da Batata, há cerca de três quilômetros da residência do presidente desde as primeira horas desta tarde de domingo (22), onde os líderes discursaram e entoaram cantos e palavras de ordem contra o governo interino. Temer já retornou a Brasília. Eles decidiram acampar na região.
Na contramão do discurso da maioria dos movimentos participantes do ato, Felipe Alencar, membro da Coordenação Nacional do Movimento Coletivo Construção São Paulo, DCE Unifesp e Centro Acadêmico de Pedagogia da Unifesp, disse que "não é porque somos contra o governo Temer que queremos a volta de Dilma".
"O governo petista foi contra os trabalhadores. E nós que somos universitários sabemos o que é faltar até papel higiênico nas universidades. Não queremos a volta da Dilma porque não queremos retrocesso", disse em discurso. Ele disse que o movimento defende como alternativa novas eleições sob novas bases e a extinção do Senado Federal.
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), reforçou a tese que os movimentos sociais não darão um minuto sequer de sossego ao governo interino de Michel Temer. "Não tem arrego. Ou sai o Temer ou não vai ter sossego", cantava o ativista do alto do caminhão de som.
Boulos disse que o MTST não vai permitir nenhum corte de recurso dos programas de moradias populares. "Quem lutou para ter a sua casa própria não vai permitir nenhum retrocesso", afirmou. Sobre a determinação do presidente interino para que a Polícia Militar fechasse a rua onde mora para evitar que os manifestantes cheguem perto de sua residência, Boulos comentou que não há nada de especial na casa de Temer para que o povo não possa chegar perto dela.
O deputado federal Ivan Valente (P-Sol-SP) classificou o governo de Michel Temer de "antipovo, governo das reformas da Previdência, trabalhista e da autonomia do Banco Central". "É o governo dos bancos, dos ricos e dos investigados. É por isso que mesmo afastado o (Eduardo) Cunha continua mandando na Câmara. Vamos tirar este governo ilegítimo, imoral e impopular", disse o parlamentar.

Mais protestos em capitais

Outros protestos ocorreram em Brasília e no Rio de Janeiro. No Centro do Rio, cerca de 500 pessoas foram em passeada da Candelária até o Palácio Gustavo Capanema, sede do Ministério da Educação no Rio, ocupado desde segunda-feira. Os manifestantes questionam o afastamento de Dilma sem crime de responsabilidade e as primeiras medidas do novo governo. Eles estenderam um tapete vermelho para lembrar o ato pró-Dilma feito por artistas no Festival de Cannes, na França.
Em Brasília, um grupo de cerca de cem manifestantes fez um ato contra barreira policial instalada perto do Palácio do Jaburu, residência de Temer, que estaria pedindo a identificação de todas as pessoas que visitam o Palácio da Alvorada. A denúncia foi feita pelo senador Jorge Vianna (PT-AC) no Senado, na quinta-feira. Segundo ele, antes de seguir para a residência oficial da presidente afastada, Dilma Rousseff, os visitantes são obrigados a se identificar e esperar por uma autorização do Palácio do Jaburu para passar.
Com informações das agências Globo e Estado
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