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Política
- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 01:12Atos em centros culturais de Porto Alegre defendem arte e denunciam 'golpe'
Ato de Luto pelo Minc e saída do Temer no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs)
Divulgação Comitê da Cultura pela Democracia/JC
Mesmo após o anúncio da recriação do Ministério da Cultura (Minc), movimentos ligados ao setor mostram descontentamento e incerteza sobre a atuação do governo do presidente interino Michel Temer. Manifestações ocorreram em mais de um local na noite deste sábado (21) em Porto Alegre, em pontos emblemáticos da atividade artística gaúcha, como a Casa de Cultura Mario Quintana, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e o Memorial do RS, no Centro Histórico da Capital gaúcha. Foi uma ação-relâmpago, chamada de happening, com uso de cartazes dizendo Luto Pelo Minc, Devolveu o Min? Agora, devolva o governo!.
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Mesmo após o anúncio da recriação do Ministério da Cultura (Minc), movimentos ligados ao setor mostram descontentamento e incerteza sobre a atuação do governo do presidente interino Michel Temer. Manifestações ocorreram em mais de um local na noite deste sábado (21) em Porto Alegre, em pontos emblemáticos da atividade artística gaúcha, como a Casa de Cultura Mario Quintana, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) e o Memorial do RS, no Centro Histórico da Capital gaúcha. Foi uma ação-relâmpago, chamada de happening, com uso de cartazes dizendo Luto Pelo Minc, Devolveu o Min? Agora, devolva o governo!.
Na noite de sexta-feira (20), houve protesto no Theatro São Pedro, durante o show do gaúcho Johnny Hooker. O público que lotava plateia e mezanino bradou "Não vai ter golpe, vai ter luta" e "fora Temer". Em novas doses, os protestos se repetiram em salões e área em frente ao prédio do Margs, que recebeu o evento Noite dos Museus, no frente do Memorial do RS (que fica ao lado), ambos na Praça da Alfândega, e na Casa de Cultura, distante dois quarteirões.
Os atos foram organizados pelo coletivo #atencaoArteCultura, de artistas, jornalistas e produtores culturais, e teve apoio do Comitê da Cultura Democrática, criado quando começou a tramitação no Congresso Nacional do pedido do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O comitê reúne artistas plásticos, intelectuais e professores universitários.
Segundo os participantes, a recriação do ministério por meio de uma Medida Provisória (MP), anúncio feito na tarde deste sábado pelo governo interino, não garante a continuidade das políticas culturais que foram implantadas nos últimos anos, ligadas às gestões petistas de Luiz Inácio Lula da Silva, desde 2003, e Dilma.
Os promotores da ocupação do prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que ocorre desde quinta-feira (19) em Porto Alegre, mantêm a mobilização. Está prevista uma assembleia dos participantes na noite deste domingo (22) para avaliar o que será feito. A música e integrante da Associação dos Músicos da Cidade Baixa Patrícia Melo disse que a posição sobre a recriação do Minc e o rumo do movimento só será emitida após a plenária. Artistas, produtores e pessoas que atuam com cultura estão instalados em barracas na área externa e em salas internas do prédio.
