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Política

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 21:48

Temas polêmicos geram tumulto e briga nas galerias

Com ânimos acirrados, houve acusação de agressão entre o público que acompanhava os debates da sessão

Com ânimos acirrados, houve acusação de agressão entre o público que acompanhava os debates da sessão


MATHEUS PICCINI/CMPA/JC
Com galerias lotadas, a sessão de ontem na Câmara de Porto Alegre registrou tumultos e discussões ideológicas em torno dos requerimentos para renovação de votação de duas moções polêmicas. O espaço para público ficou dividido entre a Frente Universitária em Defesa da Democracia e Legalidade, com integrantes do PT e do PCdoB, e grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) e La Banda Loka Liberal, conhecidos por liderarem manifestações pró-impeachment. Depois de quase três horas de debates, as lideranças das bancadas entraram em um acordo e arquivaram as propostas, em uma espécie de "troca" entre base do governo e oposição.
Com galerias lotadas, a sessão de ontem na Câmara de Porto Alegre registrou tumultos e discussões ideológicas em torno dos requerimentos para renovação de votação de duas moções polêmicas. O espaço para público ficou dividido entre a Frente Universitária em Defesa da Democracia e Legalidade, com integrantes do PT e do PCdoB, e grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL) e La Banda Loka Liberal, conhecidos por liderarem manifestações pró-impeachment. Depois de quase três horas de debates, as lideranças das bancadas entraram em um acordo e arquivaram as propostas, em uma espécie de "troca" entre base do governo e oposição.
A primeira discussão foi em torno do pedido de renovação de votação da moção de repúdio ao comportamento do reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Carlos Alexandre Netto. Durante o período de pauta, os vereadores discursavam recebendo vaias de um lado e aplausos de outro. Um acordo feito pela presidência da Casa com o público pedia que as manifestações das galerias ocorressem após a fala dos vereadores.
Nos intervalos, eram ouvidos pedidos de "democracia" ou "sem doutrinação", que inflavam os discursos dos vereadores que ocupavam a tribuna.
Valter Nagesltein (PMDB), autor da proposta original, defendeu que Netto foi partidário em discussões relacionadas ao impeachment e se valeu de suas atribuições na Ufrgs no trato dessa questão. "Não pode se utilizar dos meios da universidade para oprimir outras ideias", afirmou o peemedebista. A moção foi aprovada pelo plenário no dia 20 de abril, por diferença de apenas um voto. O reitor chegou a realizar reunião com o presidente da Câmara Municipal, Cassio Trogildo (PTB), pedindo que os parlamentares reconsiderassem a moção.
A maior parte das falas de tribuna foi realizada pelos partidos de oposição, e boa parte dos vereadores aproveitou a oportunidade para debater questões ideológicas. Jussara Cony (PCdoB) defendeu o comunismo, postura rechaçada por uma parcela do público, e Sofia Cavedon (PT) lamentou pichações em homenagem a torturadores nas paredes da Ufrgs. "A Guerra Fria terminou, construímos no Brasil regras democráticas de convivência", afirmou a vereadora petista.
O clima da discussão era acirrado dentro e fora do plenário. Nas galerias, durante a fala de Thiago Duarte (DEM), uma mulher alegou ter sido agredida por um manifestante que acompanhava a Frente em Defesa da Democracia. Ela estava identificada com o grupo contrário, que incluía o MBL.
O tumulto parou a sessão por alguns minutos. Trogildo chegou a ameaçar encerrar as discussões por falta de segurança no ambiente. No entanto, vereadores dialogaram com representantes dos dois lados e a sessão teve prosseguimento. No momento da briga, Thiago Duarte discursava contra a moção de repúdio ao Simers e a pediatra que negou atendimento ao filho da vereadora suplente Ariane Leitão (PT), também aprovada pelos vereadores em abril.
A discussão acabou resolvida antes de as propostas entrarem em votação pelo vereadores. Os líderes das bancadas apresentaram termos de arquivamento das duas moções de repúdio, o que foi comemorado por ambos os grupos das galerias.
Trogildo classificou a postura dos vereadores como um "momento de grandeza" na história da Câmara. Após a proposta de consenso, o quórum da sessão foi retirado.
 
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