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Opinião

- Publicada em 27 de Maio de 2016 às 17:12

O monstro que nos devora

Na parábola sobre quem vencerá o conflito entre o "Lobo Bom e o Lobo Mau", conta a lenda do povo indígena Cherokee: "Qual o lobo vence? Aquele que você alimenta!", respondeu o velho índio. Reclamamos do exagero tributário-arrecadatório, e do centralismo e intervencionismo estatal em todos os níveis sociais. Tabelionatos e cartórios, por exemplo, bem representam e simbolizam o absurdo a que chegamos e toleramos. Ninguém dá "um passo" sem um carimbo de reconhecimento por autenticidade ou semelhança que o habilite. Desde o nascer até o morrer, o brasileiro precisa provar que ele é "ele mesmo e que é honesto". Mediante taxas e em duas vias! Outro fato: embora a retórica do empreendedorismo e livre mercado, empresários e entidades classistas estão sempre pretendendo uma anistia ou isenção fiscal. Ou um socorro financeiro para não "quebrar". Como se o sistema não fosse capitalista e "quebrar" faz parte do risco e negócio. Quem também não fica fora da "festa" são os produtores e artistas. Não que as artes e a cultura não mereçam apoio financeiro, mas desde que tal refletisse na redução dos preços. Assim como os impostos, também os ingressos de shows são exorbitantes. E os clubes de futebol? Apesar das dívidas milionárias, estádios financiados, sonegações e fraudadas transferências de atletas, continuam recebendo patrocínios público-estatais. E da política partidária (e seu interminável balcão de negócios) nem precisamos falar. Resumo da ópera-bufa: invés de questionarmos a natureza, dimensão e função do estado brasileiro, o que fizemos diante de dificuldades? Marcamos hora com parlamentares, prefeito, governador, ministro e até com o presidente da República, para pedir ajuda, isenções, incentivos, e tudo mais quanto, finalmente, caracterizará e confirmará nossa submissão ao Estado. É uma contradição (quase) insuperável. Um círculo vicioso. Reclamamos, mas corremos para enaltecer "o poder e beber na fonte dos recursos públicos". Ou seja, diariamente nós "alimentamos" o monstro que nos devora!
Na parábola sobre quem vencerá o conflito entre o "Lobo Bom e o Lobo Mau", conta a lenda do povo indígena Cherokee: "Qual o lobo vence? Aquele que você alimenta!", respondeu o velho índio. Reclamamos do exagero tributário-arrecadatório, e do centralismo e intervencionismo estatal em todos os níveis sociais. Tabelionatos e cartórios, por exemplo, bem representam e simbolizam o absurdo a que chegamos e toleramos. Ninguém dá "um passo" sem um carimbo de reconhecimento por autenticidade ou semelhança que o habilite. Desde o nascer até o morrer, o brasileiro precisa provar que ele é "ele mesmo e que é honesto". Mediante taxas e em duas vias! Outro fato: embora a retórica do empreendedorismo e livre mercado, empresários e entidades classistas estão sempre pretendendo uma anistia ou isenção fiscal. Ou um socorro financeiro para não "quebrar". Como se o sistema não fosse capitalista e "quebrar" faz parte do risco e negócio. Quem também não fica fora da "festa" são os produtores e artistas. Não que as artes e a cultura não mereçam apoio financeiro, mas desde que tal refletisse na redução dos preços. Assim como os impostos, também os ingressos de shows são exorbitantes. E os clubes de futebol? Apesar das dívidas milionárias, estádios financiados, sonegações e fraudadas transferências de atletas, continuam recebendo patrocínios público-estatais. E da política partidária (e seu interminável balcão de negócios) nem precisamos falar. Resumo da ópera-bufa: invés de questionarmos a natureza, dimensão e função do estado brasileiro, o que fizemos diante de dificuldades? Marcamos hora com parlamentares, prefeito, governador, ministro e até com o presidente da República, para pedir ajuda, isenções, incentivos, e tudo mais quanto, finalmente, caracterizará e confirmará nossa submissão ao Estado. É uma contradição (quase) insuperável. Um círculo vicioso. Reclamamos, mas corremos para enaltecer "o poder e beber na fonte dos recursos públicos". Ou seja, diariamente nós "alimentamos" o monstro que nos devora!
Advogado
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