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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2016 às 12:00

Evento Liderança em Debate aborda desafios dos empresários nos negócios

Tiago Grandi (foto), Clenir Wengenowicz, Nelson Eggers, Matheus Lima e Ricardo Felizzola palestraram

Tiago Grandi (foto), Clenir Wengenowicz, Nelson Eggers, Matheus Lima e Ricardo Felizzola palestraram


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A força do empreendedor, sua capacidade de inspirar as pessoas e as transformações dos negócios são o foco do evento Liderança em Debate, que o Jornal do Comércio e a Pucrs promoveram na manhã desta terça-feira (31), no Global Tecnopuc em Porto Alegre. O evento marca os 83 anos do jornal. Os empresários Nelson Eggers (Fruki), Clenir Wengenowicz (TOK) e Ricardo Felizzola (HT Micron e Altus), o executivo Matheus Tait Lima (Thoughworks) e o especialista Tiago Grandi (consultoria GrandiGaray) apresentam suas contribuições. 
A força do empreendedor, sua capacidade de inspirar as pessoas e as transformações dos negócios são o foco do evento Liderança em Debate, que o Jornal do Comércio e a Pucrs promoveram na manhã desta terça-feira (31), no Global Tecnopuc em Porto Alegre. O evento marca os 83 anos do jornal. Os empresários Nelson Eggers (Fruki), Clenir Wengenowicz (TOK) e Ricardo Felizzola (HT Micron e Altus), o executivo Matheus Tait Lima (Thoughworks) e o especialista Tiago Grandi (consultoria GrandiGaray) apresentam suas contribuições. 
O diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, destacou que a iniciativa coloca no palco uma figura fundamental em meio à crise pela qual o País passa, que é a do empreendedor. "Acreditamos que o empreendedorismo é um dos principais mecanismos de desenvolvimento do País e precisamos incentivar, muitos começam em casa e bem pequenos", frisou Tumelero.
Um dos centros do debate no tema é a relação com os chamados seguidores - os followers - que estão ligados às mídias sociais e passam a influenciar e colocar em xeque as organizações. A professora de liderança e pesquisadora da Universidade de Harvard Barbara Kellerman fez o alerta, em depoimento em vídeo, sobre os problemas que as lideranças enfrentam e que hoje são problema em todo o mundo.
"Sei que o Brasil vive uma crise, e coisas acontecem com os líderes que nunca vimos. Mas vocês não estão sozinhos", tranquilizou Barbara, para vincular as mudanças em modelos de democracia, maior pressão dos 'seguidores' que atingem setores públicos e privados. A professora ganhou projeção com a tese do fim da liderança.
No caminho inverso ao da pesquisadora, o consultor da GrandiGaray Tiago Grandi, autor do livro Se minha empresa falasse, propôs o renascimento da liderança. Grandi destacou o conhecimento dos empreendedores e sua capacidade de inspirar as pessoas. "Liderança é também uma forma de arte. A questão é onde buscar esse fator", avisou o consultor. Além da inspiração, Grandi destacou que outro segredo do empreendedor é "a sagrada teimosia".
Uma das sócias da TOK, rede de moda feminina, Clenir Wengenowicz detalhou o processo de reposicionamento da marca feito em sete meses, após a aquisição do grupo fundador. Falando da virada, a presidente da rede citou que fez muita pesquisa para aproveitar a relação entre as consumidoras e a marca. "Fizemos tudo em sete meses, e foi surreal", definiu. Um dos desafios foi superar o ambiente de crise e apostar no potencial de crescimento. "Nosso projeto é abrir mais quatro lojas, ir a Santa Catarina, crescer no Paraná. Olhamos o mercado, acreditamos em expansão", comentou Clenir. "Investimos em um momento de crise. É senha para repensar o País", disse.    
Gerente geral da ThoughtWorks, Matheus Tait Lima propôs não falar de lideranças ou seguidores, mas das maneiras diferentes de olhar uma organização. Lima falou que a chave é ressignificar as estruturas para suportar um novo tipo de líder. "Mais que nos seguidores e líderes, o foco está na organização", advertiu o gerente geral. O executivo destacou a necessidade de centrar a ação no sistema e não no gerenciamento das regras. E esmiuçou o modelo do autogerenciamento da empresa, com operação no Brasil e no Exterior. Lima avalia que a experiência da ThoughtWorks, com sede no Tecnopuc, está no "meio termo entre a morte e o renascimento do líder". "Acho que conseguimos".
O presidente da Fruki, Nelson Eggers, companhia que briga com gigantes de bebidas, comemorou o crescimento da empresa, num setor que não registra expansão no consumo há dois anos. E chegou a provocar a plateia: "nos ajudem a tirar mais mercado de alguém". Da terceira geração da empresa (fundada pelo avô) e com sede em Lajeado, Eggers diz que as mudanças no mercado exigem atenção intensa de que está na linha de frente de um negócio.
"Às vezes, fazemos as coisas certas, sem perceber que os concorrentes fazem as coisas erradas, eles que são os maiores e nós que somos pequenos e temos mais agilidade", disse. O presidente da companhia que lidera em água mineral no Estado citou a importância de investir em pessoal, em conhecimento e na conduta "amorosa", segundo o empresário, ao lidar comas pessoas. "Um sorriso é suficiente para ter alguém como amigo", incentivou Eggers.
Ricardo Felizzola, CEO da HT Micron, acredita que o mais importante não é a liderança e suas atitudes, mas o conteúdo desse líder. "Não é um personagem sozinho que faz tudo. Hoje há uma crise enorme de liderança no País e nas empresas", advertiu Felizzola, que destacou como decisivo que a liderança se alinhe e saiba quais são as metas da organização. "O objetivo não é produzir grandes líderes, mas sim resultados para a sociedade. Líderes não são deuses, o que importa é construir times para alcançar resultados." O CEO da HT Micron mostrou preocupação com o conjunto de valores que norteia o comportamento das lideranças. "Quem é o líder? Falta uma visão ou falta a ética. É preciso enxergar as qualidades desse líder e onde quer chegar."
"Não importam, alertou, as vaidades, se fala mais forte ou mais grosso, mas a humildade e a possibilidade de servir e se colocar à disposição." O CEO, que é uma das referências na disseminação de metodologias do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP), destacou ainda o conhecimento como um dos pilares. Além disso, Felizzola critica a centralização em uma pessoa. "Ele deve ser capaz de fazer com que a orquestra toque. Se ele falhar, outro tem de assumir e tocar", ilustrou o CEO da HT Micron.
Preocupado com a situação da educação e os valores das novas gerações, Felizzola lamentou que se "abandone a pasta no meio de uma crise para disputar uma prefeitura (referindo-se ao secretário de Educação do Estado, Vieira da Cunha), crianças ficam em uma greve e isso não é importante. Isso é crise de liderança e, sim, é muito errado. São as crianças do nosso Estado".
Confira abaixo o que foi dito sobre o evento nas redes sociais:
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