Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 08:39

Petróleo oscila, diante de dólar forte e antes de dado de estoques dos EUA

Agência Estado
Os preços do petróleo oscilavam, na manhã desta quarta-feira (18). Por um lado, o dólar mais forte reduz o apetite pela commodity, mas também há expectativa pela divulgação do dado oficial de estoques de petróleo nos Estados Unidos na última semana, que pode mostrar queda nos estoques.
Os preços do petróleo oscilavam, na manhã desta quarta-feira (18). Por um lado, o dólar mais forte reduz o apetite pela commodity, mas também há expectativa pela divulgação do dado oficial de estoques de petróleo nos Estados Unidos na última semana, que pode mostrar queda nos estoques.
Às 8h10min (de Brasília), o petróleo WTI para junho subia 0,52%, a US$ 48,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para julho tinha alta de 0,24%, a US$ 49,40 o barril, na ICE.
O Brent permanece, portanto, perto da marca de US$ 50 o barril, após ganhar impulso recentemente com problemas na produção na África e no Canadá, que geraram expectativa de menor oferta no mercado.
Nesta manhã, o dólar está mais forte antes da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano, às 15h. O petróleo é cotado em dólar, por isso quando a moeda se valoriza a commodity fica mais cara para os detentores de outras divisas.
Os preços do petróleo "continuam girando na casa dos US$ 49, conforme os mercados aguardam o dado mais recente de estoque", afirmou Michael Poulsen, analista de petróleo da Global Risk Management.
Ontem, a API, uma associação de refinarias, informou que houve uma queda de 1,1 milhão de barris nos estoques de petróleo dos EUA na última semana. Às 11h30, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulga o dado oficial. Analistas esperam queda de 2,4 milhões de barris nos estoques. Caso a expectativa se confirme, seria a segunda queda semanal seguida, após uma série de avanços que levaram os estoques para perto de patamar recorde no país.
Enquanto isso, problemas na produção pelo mundo continuam a ser um motor para os preços do petróleo. Incêndios em uma floresta no Canadá levaram à retirada de funcionários do setor, o que afeta a produção do país. O fato ameaça retardar o retorno ao mercado de pelo menos 1 milhão de barris por dia de petróleo canadense em areias betuminosas. O analista David Hufton, da corretora PVM, disse que piorou o quadro do impacto do incêndio canadense e que ele representa agora uma ameaça maior que há uma semana.
Outro fato no radar é a instabilidade na Nigéria, onde há contínuos ataques contra a infraestrutura de produção de petróleo, o que afeta as operações do país e reduz suas exportações.
Além disso, a BMI Research afirmou que a produção de grandes nomes da América Latina no setor deve recuar 2,4% neste ano ante o anterior, em 250 mil barris ao dia, por causa de investimentos mais escassos.
Todos esses fatores corroboram a visão da Agência Internacional de Energia (AIE) de que o petróleo global entra em uma nova fase, de reequilíbrio. O Goldman Sachs disse que o mercado já entrou em um quadro de déficit entre a oferta e a demanda.
Ainda assim, nem todos no mercado mostram otimismo sobre a sustentabilidade do avanço dos preços. O analista de energia Tim Evans, da Citi Futures, nota que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou em abril e que a tendência de alta deve continuar em maio, com expectativa de maior produção do Kuwait e mais algum avanço no Irã e na Arábia Saudita.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO