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Economia

- Publicada em 16 de Maio de 2016 às 17:58

Custos de produção têm deflação no ano

No acumulado de 2016, fertilizantes registram um recuo de 13%

No acumulado de 2016, fertilizantes registram um recuo de 13%


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A sazonalidade dos preços dos fertilizantes e a taxa de câmbio resultaram na terceira queda consecutiva do Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). O indicador fechou o mês de abril em -1,02%. O acumulado do ano está em -0,75%. Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos apresenta uma alta de 3,99% puxada por milho e soja, que aumentaram 17% e 4% respectivamente. As informações estão no relatório dos Índices de Inflação dos Custos de Produção e da Receita dos Produtores do Rio Grande do Sul, referente ao mês de abril, produzidos pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
A sazonalidade dos preços dos fertilizantes e a taxa de câmbio resultaram na terceira queda consecutiva do Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). O indicador fechou o mês de abril em -1,02%. O acumulado do ano está em -0,75%. Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos apresenta uma alta de 3,99% puxada por milho e soja, que aumentaram 17% e 4% respectivamente. As informações estão no relatório dos Índices de Inflação dos Custos de Produção e da Receita dos Produtores do Rio Grande do Sul, referente ao mês de abril, produzidos pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
Em 2016, os fertilizantes apresentam uma queda superior a 13%. Essa redução é sazonal e tem, historicamente, no mês de maio sua maior baixa que foi acentuada com a apreciação do real dos últimos meses. Em seu relatório de final de ano, a Farsul já havia indicado que este é o melhor período para a compra de fertilizantes. Porém, a retração nos preços não ocorre em todos os insumos, os químicos mantêm alta.
Mesmo com o aumento nos preços recebidos pelos produtores, ele foi inferior ao do praticado nas prateleiras neste ano. Enquanto o IPCA Alimentos acumula alta de 5,79%, o IIPR está em 0,3%. Nos últimos 12 meses o IIPR atinge 22,79%, enquanto o IPCA Alimentos chega a 13,38%. O que demonstra, mais uma vez, a falta de relação entre as altas aos consumidores e o valor recebido pelos produtores.
A Farsul, junto com CNA e Esalq/Cepea, está realizando o levantamento de custos de produção da safra 2015/2016, dentro do projeto Campo Futuro. Na sexta-feira passada, foi concluída a coleta de dados, que teve o acompanhamento do economista do Sistema Farsul, Ruy Silveira Neto. O próximo passo é a consolidação das informações.
A pesquisa serve, também, para traçar uma projeção da próxima safra. O levantamento dos custos de produção de grãos é realizado anualmente desde 2006. As culturas analisadas são arroz, soja, trigo e milho. O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, explica que a partir dos resultados do levantamento é possível fazer uma avaliação, comparando com anos anteriores, identificando as variações que permitem fazer as cobranças corretas, "as nossas políticas se orientam por dados objetivos", afirma.
As informações preliminares apontam o que já vinha sendo mostrado em levantamentos realizados pela federação. A comparação entre as safras 2014/2015 e 2015/2016 indica um aumento de 25% nos custos de produção. "É sem dúvida o maior aumento que nós tivemos de um ano para outro desde o Plano Real. Ele decorre do forte aumento na taxa de câmbio no momento que os produtores estavam comprando seus insumos", analisa Luz.
Em Cruz Alta também é feita a comparação entre as lavouras sequeiro e irrigado. O objetivo é avaliar a viabilidade econômica do projeto de irrigação, que aumenta a receita, mas tem custo maior. "Ao levantarmos os custos de produção e a receita de sequeiro e irrigado, conseguimos ter um bom panorama de que se vale a pena ou não irrigar uma lavoura", comenta o economista.
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