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Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 15:06

Gol: economia pode chegar a R$ 300 milhões por ano com reestruturação

Agência Estado
O diretor vice-presidente financeiro e de Relação com Investidores da Gol, Edmar Lopes, afirmou nesta quinta-feira (12) que a companhia trabalha com a perspectiva de alcançar uma economia de até R$ 300 milhões por ano, considerando aspectos operacionais e financeiros, caso todas as iniciativas de reestruturação propostas pela empresa sejam concluídas.
O diretor vice-presidente financeiro e de Relação com Investidores da Gol, Edmar Lopes, afirmou nesta quinta-feira (12) que a companhia trabalha com a perspectiva de alcançar uma economia de até R$ 300 milhões por ano, considerando aspectos operacionais e financeiros, caso todas as iniciativas de reestruturação propostas pela empresa sejam concluídas.
Dentre as iniciativas atualmente em andamento, estão a oferta de troca de título de dívidas emitidos no exterior, negociações com debenturistas e conversas para abertura de linhas de crédito de até R$ 300 milhões, além de conversas com Delta e Boeing para a flexibilização de determinadas condições contratuais, entre outras. Além disso, a Gol também está promovendo cortes em sua oferta de voos, redução de frota e reestruturação de sua rede de voos.
Lopes ainda afirmou que a decisão da companhia de não ofertar equity veio após discussões com os bondholders. "A PJT Partners nos aconselhou que os credores não segurados prefeririam receber caixa e oferta de permuta a equity", disse o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores. Em relação à oferta de troca de título de dívidas emitidos no exterior, Lopes afirmou que, caso a companhia consiga atingir 95% de adesão dos detentores de títulos, a Gol deve registrar uma desalavancagem "bastante interessante". "Estamos falando de 1x ou 1,5x o indicador de dívida/Ebitdar", disse Lopes.
A alavancagem da Gol, medida pela relação entre dívida bruta ajustada e Ebitdar (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) nos últimos 12 meses, atingiu o nível de 9,4 vezes no primeiro trimestre de 2016, abaixo do patamar registrado no término do quarto trimestre de 2015, quando a alavancagem era de 12,7 vezes. Já a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida ajustada e Ebitdar nos últimos 12 meses chegou a 8,3 vezes no fim do primeiro trimestre desse ano - no quarto trimestre do ano passado, a relação era de 11 vezes.
Durante a mesma teleconferência, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou que os resultados alcançados pela empresa no primeiro trimestre de 2016 atestam a capacidade do modelo adotado pela empresa, com redução na oferta e ajustes na frota e na malha, para gerar resultados positivos do ponto de vista operacional.
O resultado operacional (Ebit) da Gol no primeiro trimestre de 2016 totalizou R$ 437,2 milhões, uma alta de 184,2% em relação aos R$ 153,8 milhões contabilizados no mesmo período de 2015. A margem Ebit ficou em 16,1% nos primeiros três deste ano, ante margem de 6,1% há um ano.
Já o resultado operacional ajustado, que exclui o ganho não recorrente com o retorno antecipado de aeronaves em arrendamento financeiro e com operações de sale-leaseback, somou R$ 224,6 milhões entre janeiro e março de 2016, alta de 54% na comparação anual. A margem Ebit ajustada no trimestre ficou em 8,3%, alta de 2,5 ponto porcentual (p.p.) em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
"Uma margem Ebit em torno de 8% é bastante significativa. Mas essa margem é insuficiente para a despesa financeira que a companhia tem atualmente", ponderou Kakinoff, afirmando que caso as negociações relativas ao leasing de aeronaves e à oferta de troca sejam bem sucedidas, as despesas financeiras serão reduzidas e a Gol passará a ser geradora de caixa. "Mas só chegaremos a esse ponto se a oferta for endereçada", concluiu.
Ao fim de março, o caixa total da empresa, incluindo aplicações financeiras e caixa restrito, totalizava R$ 1,815 bilhão, retração de 21,1% em relação aos R$ 2,3 bilhões contabilizados ao fim de dezembro. Os recebíveis de curto prazo somavam R$ 514,4 milhões, totalizando uma liquidez total de R$ 2,33 bilhões no fim do primeiro trimestre de 2016, queda de 1,57% em relação à liquidez total do quarto trimestre de 2015.
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