Petróleo fecha em alta, beneficiado por problemas na produção da Nigéria e Canadá

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta terça-feira em alta, beneficiados por problemas na produção na Nigéria e no Canadá, que reduziram os temores a respeito do quadro de excesso de oferta mundial.

Os preços do petróleo se recuperaram da queda de ontem à medida que investidores passaram a pesar o efeito dos cortes na produção na Nigéria e no Canadá sobre a oferta mundial, que pode aliviar, ao menos no curto prazo, a situação de excesso de oferta global. No caso canadense, a produção teve queda de 1,6 milhão de barris por dia, mais de 1% da oferta mundial, segundo a consultoria Energy Aspects.

"O mercado está tentando avaliar o dano", disse Phil Flynn, analista da Proce Futures Group, em Chicago. "É definitivamente um fator de suporte."

Outro fator que ajudou, nesse sentido, foi a elevação das projeções para os preços do petróleo em 2016 pelo Departamento de Energia (DoE) norte-americano. O órgão agora estima um preço médio de US$ 40,32 por barril neste ano e de US$ 50,65 por barril em 2017, comparado com as previsões anteriores de US$ 34,60 e US$ 40,58, respectivamente.

Além disso, a produção média de petróleo dos EUA foi teve queda de 90 mil barris por dia em abril ante março, informou o DoE.

"Operadores estão tentando avaliar influências como o incêndio no Canadá, a escalada da agitação política no Oriente Médio e as tendências da produção nos Estados Unidos", disse Tyler Richery, co-editor do 7:00's Report.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para junho do WTI fechou em alta de 2,80%, a US$ 44,66 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho avançou 4,33%, a US$ 45,52 por barril.