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Economia

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 19:38

Fitch: distribuidoras terão impacto de até R$ 10 bilhões com sobras de energia

Agência Estado
O impacto com a sobra de energia nas distribuidoras pode somar entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (4), pela analista da Fitch Ratings, Adriane Silva, que citou a sobrecontratação como um dos principais problemas que o setor elétrico enfrenta no momento. "Isso afeta o caixa das empresas, que ainda possuem bastante necessidade", disse, salientando que o setor demanda investimentos mesmo na atual condição de queda do consumo, em especial para a manutenção das instalações.
O impacto com a sobra de energia nas distribuidoras pode somar entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (4), pela analista da Fitch Ratings, Adriane Silva, que citou a sobrecontratação como um dos principais problemas que o setor elétrico enfrenta no momento. "Isso afeta o caixa das empresas, que ainda possuem bastante necessidade", disse, salientando que o setor demanda investimentos mesmo na atual condição de queda do consumo, em especial para a manutenção das instalações.
A Fitch acompanha 41 empresas do setor elétrico, sendo 32 rating públicos, sendo que mais de 40% estão com perspectiva negativa, tendo em vista a pressão de liquidez que as companhias estão sofrendo, impactadas pela recessão econômica, que afeta o consumo de energia. Conforme a analista, as companhias vêm enfrentando um elevado risco de refinanciamento e tem tido que antecipar o início das negociações, dada as restrições de crédito e a elevação dos custos.
Adriane comentou, particularmente, sobre a Eletrobras. A estatal que gerava um Ebitda de R$ 6 bilhões em 2011 e viu esse montante desaparecer nos últimos anos, depois que aceitou as condições ofertadas pelo governo para a renovação de suas concessões, destacou a analista, citando, ainda, o forte aumento da alavancagem no período.
"A companhia vem tentando várias medidas, que são positivas e importantes, ela está no caminho de recuperar seus indicadores de crédito", disse. Para ela, porém, a principal medida, e que geraria um forte impacto de curto prazo, o desinvestimento nas distribuidoras, permanece muito lenta. "A venda das distribuidoras já reduziria consumo de caixa em R$ 2 bilhões, mas depende da renovação dessas concessões", comentou, lembrando que a operação é travada pela necessidade de saneamento das empresas, o que exige R$ 7 bilhões. "A definição sobre de onde vem esses recursos é que emperra tudo, mas entendemos que isso precisa ser resolvido para que beneficie o Sistema Eletrobras como um todo", opinou.
Adriane também destacou a recente definição sobre a indenização dos ativos de transmissão anteriores a maio de 2000. "Isso pode ser positivo para a Eletrobras e esperamos que seja equalizado". A estatal diz ter R$ 20 bilhões em indenizações de transmissão para receber. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou até agora R$ 11 bilhões.
O caminho do Brasil será longo em direção à retomada do selo de bom pagador, mas pode ser encurtado havendo consolidação fiscal e ambiente favorável aos investimentos, capazes de promover o crescimento econômico, disse o diretor executivo da Fitch Ratings, Rafael Guedes. "A retomada dos índices de confiança e do crescimento só serão possíveis quando as incertezas políticas diminuírem", acrescentou durante evento realizado pela agência em São Paulo.
Ele disse que 10 entre 19 países que perderam o grau de investimento levaram em média 6,1 anos para retomar o melhor patamar de classificação de risco.
Guedes destacou alguns países como pontos fora da curva. Segundo ele, a Malásia e a Coreia do Sul recuperaram o grau de investimento em um ano, enquanto a Indonésia e a Colômbia levaram 14 anos e 11 anos, respectivamente, para voltar ao nível de bom pagador.
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