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Economia

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 18:54

Ações da Vale despencam, mas bancos fazem Bolsa fechar em alta

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu encerrar o pregão em terreno positivo apesar do tombo nas ações da Vale. O índice Ibovespa fechou com valorização de 0,56%, aos 52.552 pontos. Já o dólar comercial recuou em pregão marcado pela ausência de atuação do Banco Central (BC). A moeda americana registrou desvalorização de 0,78% ante o real, a R$ 3,540 na compra e a R$ 3,542 na venda.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu encerrar o pregão em terreno positivo apesar do tombo nas ações da Vale. O índice Ibovespa fechou com valorização de 0,56%, aos 52.552 pontos. Já o dólar comercial recuou em pregão marcado pela ausência de atuação do Banco Central (BC). A moeda americana registrou desvalorização de 0,78% ante o real, a R$ 3,540 na compra e a R$ 3,542 na venda.
A Vale foi o grande destaque negativo do pregão, com as ações caindo de forma acentuada em resposta à multa de R$ 155 bilhões aplicada pelo Ministério Público Federal à Samarco e suas controladoras - a mineradora brasileira e a anglo-australiana BHP Billinton. Os papéis preferenciais da Vale (PNs, sem direito a voto) recuaram 5,33% (R$ 13,83) e os ordinários (ONs, com direito a voto) despencaram 6,75% (R$ 17,40). Na Bolsa de Sidney e em Londres, a BHP também registrou fortes perdas.
Devido à multa, analistas do UBS recomendam cautela aos investidores, uma vez que há muita incerteza sobre a aplicação dessa punição e as possibilidades de recurso. A Vale já anunciou que vai recorrer. Além da determinação do MP, afetam também os negócios do setor de mineração a queda no preço do minério de ferro na China. No porto de Qingdao a tonelada recuou 5,24%, a US$ 60,09.
"Hoje tivemos um pregão amarrado. Na parte da manhã a influência das commodities metálicas contaminaram os mercados globais. A Bovespa seguiu esse mau humor. Depois melhorou, com uma correção", avaliou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Já as demais ações com forte participação no índice e elevada liquidez se recuperaram e fecharam o pregão em terreno positivo, o que sustentou o Ibovespa. Os papéis PNs da Petrobras subiram 1,43%, cotados a R$ 9,92, e os ordinários tiveram alta de 1,09%, a R$ 12,96. Os investidores gostaram da venda de ativos da petrolífera na Argentina e Chile. Com isso, essas ações subiram mesmo com a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional - o do tipo Brent recuava 0,49%, a US$ 44,75 próximo ao horário de fechamento dos mercados no Brasil.
No caso dos bancos, os preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco subiram, respectivamente, 2,45% e 4,26%. As ações do Banco do Brasil registraram valorização de 2,15%, se recuperando parcialmente das perdas dos últimos pregões.
Fora do índice, a Gol subiu 28,45%, a R$ 3,25, com os investidores repercutindo de forma positiva o plano de reestruturação da dívida da companhia aérea.
A Bolsa foi na contramão do mercado externo. Nos Estados Unidos, o Dow Jones perdeu 0,56% e o S&P 500 recuou 0,59%. Na Europa, os principais índices fecharam em terreno negativo. O DAX, de Frankfurt, teve desvalorização de 0,99%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, recuou 1,09%. Já no caso FTSE 100, de Londres, a desvalorização foi de 1,19%.
"Toda as principais bolsas do mundo em queda, trazendo de volta a aversão ao risco. Há a preocupação recorrente com o crescimento da China, apesar de declarações otimistas do presidente Xi Jinping. Há ainda indicadores mistos sendo coletados nos EUA e a expectativa de aumento de juros, ainda que não seja tão viável agora em junho", explicou Alvaro Bandeira, economista chefe da Modalmais.
O Banco Central não atuou nesta quarta-feira com a oferta de swaps cambiais reversos, contratos que têm efeito de compra da moeda no mercado futuro. Com isso, o dólar tem desvalorização e na mínima atingiu R$ 3,528. O fluxo de dólares para o país também contribui para a desvalorização. Em abril, o fluxo ficou positivo em US$ 6,5 bilhões, o melhor desempenho mensal desde o mesmo mês do ano passado.
No mercado de câmbio, o dólar se desvaloriza, indo na contramão do mercado externo. O "dollar index", calculado pela Bloomberg, tinha alta de 0,36%.
"Para o dólar conta também um pouco o fator político. O relator no Senado votou pela admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff", lembrou Figueredo, da Clear.
Na véspera, a moeda americana fechou com alta de 2,26%, a R$ 3,57, acompanhando o clima de aversão a risco entre os investidores globais após dados negativos da economia chinesa e declaração de membro do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sobre elevação de juros.
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